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Caso Henry: Em depoimento, babá revela que avó materna sabia das agressões de Dr. Jairinho ao menino

Confira os detalhes dos relatos

Escrito por Redação | 13 de abril de 2021 - 12:25
Segundo a babá, a avó de Henry sabia das agressões
Segundo a babá, a avó de Henry sabia das agressões -

Depois de narrar em tempo real a Monique Medeiros da Costa e Silva as agressões de seu namorado, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), contra o menino Henry, a babá do menino revelou que contou sobre a violência a avó materna da vítima, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Thayna relatou, em depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), que disse ter “contado tudo” para a professora e que ela “ficou assustada” com a situação. A babá admitiu não ter falado a verdade no primeiro parecer, declarou que tinha medo de Jairinho e afirmou ter visto no mínimo três atos de violência contra a criança.

Depois de doze horas de esclarecimentos na delegacia, Thayna revelou ter visto Dr. Jairinho levando a criança para o quarto e ligando a televisão bem alto, no dia 12 de fevereiro. A babá chegou a chamá-los na porta, mas não escutou nenhuma reposta. Depois disso, o menino saiu do local e disse ter sido agredido por Jairinho, mancando, com marcas nos braços e nas pernas, além de dor de cabeça. Com isso, a babá fez contato com Monique para relatar o ocorrido.

Thayna discorre que recomendou a instalação de câmeras de vigilância no apartamento, conselho que foi descartado por Monique. Ao presenciar uma sessão de terapia com a profissional que acompanhava Henry, a babá revela ter sido deixada na residência de Rosângela, em Bangu. No local, a professora indagou Thayna sobre o que ‘teria acontecido” e se por algum motivo Henry “estava ou não mentindo”.

Ela ainda reiterou que Henry não estava mentindo, tendo em vista que estava mancando, com dores e hematomas pelo corpo. No entanto, a funcionária não se estendeu na temática para não parecer “fofoca” dos familiares.

Neste depoimento, a babá contou que mentiu nas afirmativas feitas no dia 24 de março, quando prestou depoimento pela primeira vez. Na última oportunidade, relatou que Jairinho, Monique e Henry viviam em paz e em uma normalidade na residência. Segundo ela, as agressões não foram reveladas por medo do vereador e a pedido da professora. Thayna ainda conta que Monique queria as conversas do dia 12 de fevereiro deletadas. Apesar disso, a Polícia Civil conseguiu acesso ao diálogo entre as duas.

A babá do menino presenciou também violência em outras duas oportunidades, com a irmã de Jairinho, Thalita Souza e a funcionária da casa, Leila Rosângela de Souza Mattos, que também teve de depor, mas negou todas as acusações.

Nesta terça-feira (13), o pai de Henry, Leniel Borel, contou que o menino gostava bastante da avó. De acordo com ele, é complicado imaginar que a idosa tinha conhecimento das agressões e não fez nada.

“A avó materna sempre foi uma das figuras preferidas do Henry, quem ele mais amava e insistia para ficar junto, em Bangu. Não consigo acreditar, admitir que ela sabia que ele estava sendo agredido e nada fez. É desumano uma coisa dessas. Eles deixaram que meu anjinho, meu príncipe, meu bem mais precioso fosse morto e não agiram. Cheguei a dizer que meu filho reclamava de abraços apertados e todos desconversaram. Estou ainda mais devastado, sem chão, sem paz.”

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