Dólar down Euro down
PUBLICIDADE
Search

Quem são os pré-candidatos à Prefeitura de São Gonçalo?

Atualmente 13 candidatos que pleiteiam o posto mais alto do Executivo gonçalense

Escrito por Redação | 09 de março de 2020 - 19:27

Por Rennan Rebello

Há oito meses das eleições de outubro, 13 pré-candidatos se apresentam para concorrerem ao cargo de prefeito de São Gonçalo. A equipe de O SÃO GONÇALO fez um levantamento desses nomes que poderão figurar nas urnas eletrônicas no segundo maior colégio eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Em ordem alfabética, a reportagem de OSG mostra um panorama geral dos possíveis prefeitáveis e ao longo da semana, publicará em osaogoncalo.com.br a entrevista com cada um deles, com a disponibilidade da agenda de cada pré-candidato.

Artur Belmont (DC) - Ex-secretário de Planejamento e Projetos Especiais de São Gonçalo, entre os anos de 2012 e 2015, durante a gestão do então prefeito Neilton Mulim. Belmont é pastor da Primeira Igreja Batista em Rio do Ouro, bairro do qual é morador, e agora tenta retornar a vida política, pela primeira vez disputando uma eleição. Ele é pré-candidato a prefeito de São Gonçalo pelo Democracia Cristã (DC), partido do gaúcho radicado em São Paulo, José Maria Eymael, famoso pelo jingle 'Ey, ey, ey, Eymael' e candidato a presidência da República desde 1998.

Claudio Rocha (PSDB) - Enfermeiro especializado em cardiologia, militar da Marinha e vereador em São Gonçalo desde agosto de 2018, no lugar do ex-parlamentar gonçalense Sandro Almeida (PHS), que teve seu mandato cassado. Apesar de estar somente há menos de dois anos atuando Câmara, Rocha já se coloca como pré-candidato a prefeito de São Gonçalo.

Dejorge Patrício (PRB) - Nas últimas eleições municipais, em 2016, Dejorge ficou em segundo lugar no returno ao perder o pleito para o José Luiz Nanci (Cidadania), que segue como prefeito da cidade. Em sua carreira política, Dejorge foi o vereador gonçalense mais votado, em 2012, e no seu primeiro ano de mandato na Casa Legislativa, licenciou-se para assumir a presidência da Fundação de Parques e Jardins de São Gonçalo, durante a gestão do então prefeito Neilton Mulim, na época seu correligionário no PR. Atualmente não tem nenhum cargo eletivo já que não conseguiu se reeleger como deputado federal pelo PRB, cargo que assumiu pela primeira vez, em 2017, ao substituir Clarissa Garotinho que era de seu partido e que havia se licenciado para assumir a Secretária Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio de Janeiro, na administração do prefeito carioca Marcelo Crivella. Clarissa, inclusive, chegou a ser cogitada como pré-candidata prefeita de São Gonçalo, tendo o prefeito de Duque Caxias, Washington Reis, como principal cabo eleitoral, porém, ela confirmou a sua pré-candidata à Prefeitura do Rio. Alheio a esta discussão no clã da família Garotinho, Dejorge assumiu o posto de assessor especial de projetos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), em 2019, nomeado pelo atual governador do Estado do Rio, Wilson Witzel (PSC), que tornou-se seu aliado político.

Dimas Gadelha (PT) - Médico de formação, foi secretário Municipal de Saúde dos dois últimos prefeitos da cidade, Neilton Mulim (2013-2016) e do atual, José Luiz Nanci. Neste último, licenciou-se em 2018, para tentar se eleger deputado federal pelo DEM, partido com ideologia de centro-direita. Atualmente é filiado ao PT, que embora seja um partido ligado a esquerda, o escolheu para ser seu candidato na corrida eleitoral do município. Dimas conta com apoio de um dos principais líderes petistas do Leste Fluminense, Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá.

Isaac Ricalde (PCdoB) - Presidente do Partido Comunista do Brasil em São Gonçalo, Ricalde é mais um candidato da esquerda gonçalense que pleiteia ser o chefe do Poder Executivo da cidade. Embora já tenha sido escolhido pelo PCdoB para encabeçar a chapa, há a possibilidade de uma composição com o Partido Socialismo e Liberdade (Psol), que tem Josemar Carvalho, como seu pré-candidato. Atualmente há conversas entre os partidos para a confirmação desta união ou não. Caso Josemar seja o candidato a prefeito, Ricalde não será o vice mas apoiará a coligação. Já que ele visa participar do pleito, apenas como um prefeitável. Por ora, segue como pré-candidato de sua nominata.

Filippe Poubel (PSL) - Atualmente é deputado estadual e historicamente tem vida política ligada ao município de Maricá, onde foi eleito como vereador pelo DEM, em 2016. Como político, ele é ligado ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), embora ainda esteja no PSL, partido do qual Bolsonaro se desvinculou para tentar criar um novo partido, o Aliança Pelo Brasil, que ainda não foi homologado e não disputará as eleições municipais. Porém, seus aliados devem apoiar outros candidatos ou se realocarem em outros partidos caso não sejam os escolhidos pelo PSL para concorrer as prefeituras pelo país. Como parlamentar fluminense na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), se solicitar sua saída do partido, perde seu mandato, por isso, a sua única chance de  deixar o Partido Social Liberal (PSL) seria sendo expulso do PSL assim como seu ex-correligionário Coronel Fernando Salema, que segue na Alerj sem partido e também não descartar vir como prefeito, compor alguma chapa ou apoiar alguém desde que seja uma orientação de Bolsonaro. No entanto, apesar das divergências internas em seu atual partido, Filippe Poubel, segue se declarando como pré-candidato ao mais alto posto do Executivo gonçalense, assim como seu (ainda) correligionário Ricardo Pericar, que é o atual vice-prefeito de São Gonçalo. A única chance de Poubel ser candidato a prefeito é se conseguir desbancar Pericar da preferência do partido, já que o prazo do calendário eleitoral para novos filiados que queiram ser candidatos foi expirado no último dia quatro de abril.

Gilson do Cefen (PROS) - Professor de matemática e em seu segundo mandato como vereador, o parlamentar gonçalense oficializou a sua pré-candidatura à Prefeitura de São Gonçalo, com apoio do 'clã' Garotinho. Neste projeto de pré-candidatura, o nome de Clarissa Garotinho chegou a ser cogitado para encabeçar uma eventual chapa, mas a deputada federal confirmou a sua intenção de concorrer à Prefeitura do Rio, na sucessão do prefeito Marcelo Crivella. Com isto, Gilson do Cefen poderá pela primeira concorrer ao cargo de chefe do Poder Executivo gonçalense.

Josemar Carvalho (PSOL) - Formado em Geografia e conhecido no meio político pela alcunha de 'Professor Josemar', ainda não exerceu nenhum cargo público eletivo, porém, é um constante candidato à Prefeitura de São Gonçalo e também como deputado estadual, sempre colocando os problemas da cidade como sua principal bandeira de reivindicação, sempre pelo Partido Socialismo e Liberdade. Atualmente é um dos líderes assim como Isaac Ricalde (PCdoB) do Fórum de Desenvolvimento Sustentável e de Resistência Democrática que reúne diversos movimentos sociais, ativistas, entre outros moradores do município. Caso venha como candidato a prefeito, esta será a quarta disputa majoritária na vida pública. No entanto, ainda há uma remota possibilidade para que venha como candidato a vereador. Mas isto, depende das tratativas de uma possível coligação de esquerda, entre seu partido com os comunistas do PCdoB.

José Luiz Nanci (Cidadania) - Atual mandatário da cidade, José Luiz Nanci vem de uma família de origem italiana que é influente em São Gonçalo, cidade da qual já foi vereador por cinco vezes (entre os anos de 1992 e 2010), e ainda pelo município também já foi eleito deputado estadual (2011-2016). Eleito como prefeito, em seu último ano na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o governo Nanci teve algumas polêmicas ao longo de sua administração como a não abertura do Teatro Municipal, que fica ao lado da sede da Prefeitura, e foi construído na gestão anterior de Neilton Mulim, no entanto, jamais foi inaugurado; a greve dos profissionais da Educação (pasta da qual está em seu terceiro secretário) e da briga (pública) com o seu vice, Ricardo Pericar (PSL), com quem rompeu relações e pode ter a concorrência do mesmo durante as eleições deste ano, já que Pericar, almeja ser prefeito em seu lugar. 

Marlos Costa (PDT) - Antes de migrar para o 'eterno' partido de Leonel Brizola, neste ano, com apoio e indicação do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, o advogado Marlos Costa, já foi vereador em São Gonçalo, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e se candidatou a prefeito em 2016 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), antes de chegar ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), que teve o última gestão reeleita na cidade, já que Aparecida governou sob a bandeira pedetista entre os anos de 2005 e 2012. Na vida pública, Marlos teve a experiência de ser secretário de Desenvolvimento Social no atual governo municipal de José Luiz Nanci e deixou a pasta para ser candidato a deputado estadual (ainda pelo PSB), em 2018, mas não foi eleito.

Nelson Ruas (Avante) - Também conhecido como Capitão Nelson, foi vereador por quatro mandatos consecutivos em São Gonçalo, tendo sido eleito pela primeira vez em 2004. Atualmente cumpre mandato na  Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e mantém bom diálogo com o governador Wilson Witzel (PSC), sendo um dos articuladores do programa 'Segurança Presente', em São Gonçalo. A cadeira que ocupa na Alerj é como deputado suplente no lugar de seu correligionário Marcos Abrahão, que foi preso, em 2018, em desdobramento da Operação Furna de Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Abrahão foi acusado de corrupção passiva e associação criminosa. 

Ricardo Pericar (PSL) - Atual vice-prefeito após uma curta temporada em Brasília como deputado federal suplente no lugar de Major Fabiana (PSL), que havia assumido a Secretaria Estadual de Vitimização Policial, a convite do governador Wilson Witzel (PSC). Pericar já é um 'velho' conhecido de São Gonçalo, desde os idos dos anos 2000 quando se manifestava contra a concessionária de energia elétrica da cidade com o slogan 'Fora, Ampla!', como crítica ao mau serviço prestado pela atual Enel, na época. Foi vereador por três mandatos (entre os anos de 2004 e 2016) e como parlamentar gonçalense passou pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Movimento Democrático Brasileiro (MDB, na época conhecido como PMDB) e Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Solidariedade (SDD), respectivamente, antes de se filiar ao Partido Social Liberal (PSL). Pouco tempo depois de ser empossado como vice-prefeito de José Luiz Nanci (Cidadania), em 2017, Pericar rompeu com o atual chefe do Executivo alegando ter sido boicotado, fazendo acusações graves a Nanci e sua família, especialmente a primeira-dama Elaine Gabriel, que segundo ele, tem influência no atual governo. Inclusive, no último desfile cívico da cidade, no dia 22 de setembro, Pericar sequer subiu no palco montado em frente à Prefeitura Municipal, onde estava o prefeito José Luiz Nanci e outras figuras ligadas a política local, como o hoje, pré-candidato Capitão Nelson.

Roberto Sales (PSD) - Ex-deputado federal pelo PRB (eleito em 2014), Sales não conseguiu se reeleger nas eleições de 2018, quando estava filiado ao DEM, partido de centro-direita. Em São Gonçalo, seu reduto originário, assumiu a Secretaria Municipal de Pesca de São Gonçalo, durante a gestão do ex-prefeito Neilton Mulim. Foi candidato a vereador na Câmara Municipal de São Gonçalo, em 2012, mas não obteve sucesso nas urnas. É pré-candidato a prefeito de São Gonçalo pelo Partido Social Democrático (PSD), legenda a deputada federal Flordelis e o senador da República, Arolde de Oliveira como expoentes na região.

Matéria atualizada em 15 de abril de 2020, às 23h00

Matérias Relacionadas