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Suplentes tomam posse no Congresso para cumprirem mandato por um mês

Cada um vai receber aproximadamente R$ 72 mil

Escrito por Redação | 27 de dezembro de 2018 - 11:39

Acreditem se quiserem. Cerca de 20 suplentes da atual legislatura (2015-2018), entre deputados federais e senadores, vão tomar posse no Congresso Nacional em janeiro para “cumprirem” apenas um mês de mandato, recebendo até quase R$ 72 mil cada um, entre salário e benefícios.

O mais incrível, pasmem, é que esse custo de quase R$ 1,5 milhão aos cofres públicos servirá apenas para cumprir “tabela”, já que janeiro é mês de recesso parlamentar, ou seja, não há atividade oficial prevista. O levantamento foi feito por um jornal paulista.

Esses parlamentares “assumem” o mandato, em sessões extraordinárias na Câmara e do Senado, em substituição aos eleitos para cargos no Executivo nas eleições deste ano, inclusive o presidente Jair Bolsonaro, ou contemplados com cargos nos governos estaduais e federal.

Em fevereiro, os suplentes dão lugar aos deputados e senadores eleitos em outubro desse ano.

Nos valores discriminados, os “novos” parlamentares receberão salário de R$ 33,7 mil e os benefícios de auxílio-moradia (R$ 3,8 mil), além de outro salário caso esteja assumindo a suplência pela primeira vez e ajuda de custo para início de mandato, o popular auxílio-mudança.

Uma vez empossados, os suplentes terão direito também à cota parlamentar – que varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil dependendo do Estado de origem – para gastos com passagem aérea, funcionários e demais custos do gabinete.

Bolsonaro está entre os titulares dos cargos

Além de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), os demais eleitos que deixam o atual mandato para assumir cargos executivos nos estados:

Luciana Santos (PCdoB-PE), Rodrigo Garcia (DEM-SP), Lúcio Vale (PR-PA) e Major Rocha (PSDB-AC) eleitos vice-governadores em Pernambuco, São Paulo, Pará e Acre, respectivamente.

Os demais foram indicados para os ministérios de Bolsonaro, casos dos deputados federais Tereza Cristina (Agricultura), Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Osmar Terra (Cidadania).

Também compõem a lista parlamentares que ocuparão cargos nas novas administrações nos Estados, estão Reinhold Stephanes (PSD-PR), indicado para a Secretaria da Gestão Pública do Paraná, e Otávio Leite (PSDB-RJ), futuro secretário estadual de Turismo no Rio de Janeiro. No sentido contrário, os atuais ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Ronaldo Fonseca (Secretaria-Geral da Presidência) reassumirão os seus mandatos na Câmara. Eles eram titulares e se licenciaram para integrar o governo de Michel Temer. Eles também receberão o salário e os benefícios a que têm direito, exceto o auxílio-mudança, que já receberam no início do mandato.

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