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Ex-presidente Lula é impedido de entrar no Comperj em Itaboraí

Encontro reuniu mais de mil pessoas

Escrito por Redação | 08 de dezembro de 2017 - 09:58

Dez anos após inaugurar as obras de construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou uma tropa de PMs com correntes e cadeado no portão, impedindo que ele tivesse acesso ao local, na manhã de ontem.

“Não queriam que eu viesse na porta do Comperj porque está fechado e não tem ninguém trabalhando, mas eu teimei de vir aqui, para mostrar que um país que vive uma crise econômica e de desemprego, como vive o Brasil, não pode ter uma obra dessa magnitude parada por irresponsabilidade do governo”, disse o ex-presidente. Mais de mil pessoas receberam Lula na manhã de ontem, na entrada do Comperj.

A ‘Caravana Lula pelo Brasil’ teve o acesso impedido ao interior do complexo, que está com as obras paradas desde 2015. Ainda assim, o petista reuniu-se com militantes na frente do local e prometeu que, caso seja reeleito, as obras serão retomadas. A visita contou, ainda, com a presença do senador Lindbergh Farias, da ex-governadora Benedita da Silva, do deputado estadual Waldeck Carneiro e de diversos outros líderes políticos e sindicais.

Em discurso de 15 minutos, o ex-presidente disse que não esperava encontrar o apoio da população na visita ao Comperj, uma vez que incluiu o local em seu roteiro apenas para fotografar o abandono e falou sobre a importância do funcionamento do complexo para a população da região, inclusive de São Gonçalo.

Lula falou ainda sobre o combate à violência no Rio de Janeiro, apontando o emprego e a educação como soluções únicas para a questão. E afirmou que está realizando estudos que viabilizem a federalização do Ensino Médio no país.

“Se você quiser diminuir em 50% a criminalidade no Rio de Janeiro, é só investir em emprego, salário e escola para o nosso povo. Quando o adolescente estiver recebendo salário e puder comprar um celular, um computador ou um tênis da moda, ele não vai precisar assaltar ninguém para ter essas coisas, porque ele vai comprar com o seu salário”, disse.

Integrantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) estiveram no Comperj com o objetivo de pressionar a retomada das obras. Segundo Zé Maria, coordenador geral da FUP, a expectativa dos petroleiros é que a Petrobras volte a gerar empregos e que os reajustes nos preços do gás e da gasolina deixem de ser realizados diariamente, de forma abusiva.

“Queremos que a Petrobras tenha a política de dimensionar ao longo do tempo o reajuste, para que não permaneçam os aumentos diários, como está sendo feito hoje”, afirmou Zé Maria.

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