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Cinco prefeitáveis fazem debate 'acalorado' na Uerj de São Gonçalo

Escrito por Redação | 29 de setembro de 2016 - 13:22
Por Matheus Merlim
O auditório da Faculdade de Formação de Professores (FFP-Uerj), no Patronato, foi palco de debate entre os prefeitáveis de São Gonçalo, na noite desta quarta-feira. Somente cinco dos nove candidatos ao Executivo estiveram presentes no evento, marcado por manifestações acaloradas - e até agressivas - da plateia a todo momento.
O debate foi organizado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-SG) em parceria com a FFP-Uerj, e os ausentes foram o candidato à reeleição Neilton Mulim (PR), o vereador Dejorge Patrício (PRB), o médico Dilson Drumond (PSDB) e o deputado estadual José Luiz Nanci (PPS).
Nos primeiros blocos, os candidatos puderam se apresentar para, em seguida, responderem a duas perguntas feitas pelas instituições organizadoras do debate. 
Sobre a primeira questão, que tratava da relação entre Prefeitura e Sepe, o vereador Marlos Costa (PSB) se comprometeu a ajustar o piso salarial da classe, caso eleito. O candidato afirmou ainda que pretende lutar junto ao sindicato para conseguir a reivindicação histórica de cinco salários mínimos para os professores e três e meio para os funcionários administrativos. 
"Vamos fazer o investimento na educação no setor público. Defendo eleição direta para diretores de escola, inclusive votei a favor na Câmara. Se existe um piso nacional, o de São Gonçalo tem que se adequar. Temos que fazer também com que o Plano de Cargos e Salários seja cumprido na educação", disse. 
A segunda pergunta foi feita por um professor da Uerj, que indagou sobre o compromisso dos candidatos com a instituição, caso forem eleitos. O também vereador Diego São Paio, candidato pela Rede Sustentabilidade, afirmou que vai criar um convênio com a faculdade na sua gestão.
"É uma vergonha o poder público ainda não ter uma parceria com a universidade. Temos que valorizar os educandos e os educadores da Uerj. Temos que formatar esse convênio e também trazer serviços mínimos, como iluminação pública e coleta de lixo. Se o Estado não fez, o município tem que fazer", disse Diego.
Nos últimos blocos, os candidatos responderam a perguntas da plateia presente. A questão do desemprego em São Gonçalo foi levantada para a professora de História, Dayse Oliveira (PSTU), que respondeu com a proposta de obras públicas e melhorias no auxílio-desemprego.
"É fundamental ter obras públicas para garantir emprego. Também defendo a efetivação dos terceirizados para garantir os direitos dos trabalhadores. Vou lutar pela isenção de impostos e passe-livre nos ônibus para os desempregados. O governo tem que garantir também cesta básica", propôs a candidata.
Sobre a proposta para dinamizar a economia municipal e educação, o professor Josemar Carvalho (PSOL) afirmou que é preciso incentivar o pequeno comerciante para alavancar o orçamento público.
"Precisamos dar incentivo fiscal para os pequenos comerciantes, que querem empreender na cidade. Vamos também investir em ciência e tecnologia, além de criar um instituto de pesquisa com professores da rede com mestrado e doutorado", declarou.
Brizola Neto (PDT) respondeu à pergunta sobre o setor da educação. Neto do ex-governador Leonel Brizola, o candidato reafirmou o legado da família e propôs retomar o ensino público de tempo integral.
"É preciso compreender São Gonçalo a partir de uma ótica metropolitana. Precisamos aumentar a arrecadação da receita para investir em educação pública de qualidade. Vamos retomar o projeto dos CIEPs e o ensino de tempo integral na rede pública", afirmou.
Tensão - O debate foi marcado por manifestações agressivas de correligionários dos candidatos. Durante o terceiro bloco, houve, inclusive, um princípio de confusão envolvendo apoiadores do candidato Brizola Neto (PDT) e estudantes da Uerj. O empurra-empurra foi apaziguado pela organização, e o cronograma pode seguir em frente. 
Com os nervos exaltados entre os próprios candidatos, que trocaram "farpas" a todo momento, a reação da plateia não foi diferente. E, próximo do fim, já no quarto bloco, um novo bate-boca entre correligionários interrompeu o debate no auditório e a própria assessoria precisou intervir para acalmar a situação.

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