Vereador Carlos Bolsonaro renuncia cargo no Rio de Janeiro após 7 mandatos
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro vai à Santa Catarina para possivelmente disputar uma vaga no Senado

O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, anunciou a renúncia de seu cargo nesta quinta-feira (11). A decisão veio em uma audiência na Câmara Municipal da cidade onde o político diz que vai à Santa Catarina para uma possível candidatura ao Senado nas eleições de 2026.
"Parto dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas também com a serenidade de quem sabe que está atendendo uma missão maior, da qual sempre fiz parte. Vou para Santa Catarina para cumprir um chamado que eu não poderia realizar aqui. Não é uma fuga, é a continuidade de uma luta" disse o então vereador.
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No discurso, Carlos fez uma menção aos seus projetos realizados na Câmara e também à situação atual de seu pai, preso por conta dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 e a trama golpista. "O presidente Jair Messias Bolsonaro, um homem que dedicou sua vida ao Brasil, hoje enfrenta uma vida injusta, fruta de um processo recheado de contradições, vícios e interpretações políticas(...) (...) Bolsonaro está preso, mas não está derrotado. Porque derrotado é quem abandona seus princípios. A Justiça, cedo ou tarde, abrirá a porta que querem manter fechada" disse o filho do ex-presidente.
O primeiro mandato do vereador foi em 2000, aos 17 anos de idade. Em 2016 e 2024, foi o vereador mais votado da cidade do Rio de Janeiro nas eleições. "Vou sentir falta desta tribuna, das discussões, dos amigos, das batalhas, das noites longas e dos dias turbulentos. Parto com a consciência tranquila, dei ao Rio o melhor que poderia oferecer. Onde quer que esteja, continuarei defendendo essa cidade, esse país e tudo aquilo que acredito" completa Carlos.
A pré-candidatura de Carlos ao Senado em Santa Catarina acabou causando certo burburinho entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, visto que Jorginho Mello (PL), tinha a intenção de dar apoio ao senador Espiridião Amin (PP) e à deputada federal Carol de Toni (PL), porém com a candidatura do político carioca, Jorginho acabou mudando de ideia.