Ministro pede demissão após escândalo do INSS
Carlos Lupi caiu após ser revelado descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão de seu cargo ao presidente Lula, em uma reunião realizada nesta sexta feira (2), após ser divulgado a existência de diversas cobranças irregulares na folha de pagamento de aposentados e pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O governo já anunciou o substituto, que será o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta, que também é ligado ao PDT.
“Entrego a função ao presidente Lula, a quem agradeço pela confiança e pela oportunidade. Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, disse Lupi pelas redes sociais.
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O ex-ministro também afirmou “que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”.
A operação "Sem Desconto", realizada pela Polícia Federal, foi deflagrada na última quarta feira (30) e resultou no afastamento de diversos membros da cúpula do INSS. No mesmo dia, o presidente Lula demitiu o presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, que havia sido indicado pelo próprio Lupi.
Inicialmente, a ideia era que o ministro continuasse no cargo, já que não existiam elementos que o implicassem no escândalo. Entretanto, pesou o fato de que Lupi foi comunicado ainda em 2023 sobre a existência de irregularidades e não tomou nenhuma providência.