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PF pede ao STF abertura de investigação contra ministro por venda de decisões

Dias Tofolli foi delatado por Sérgio Cabral, segundo jornal

Escrito por Redação | 12 de maio de 2021 - 16:55

A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar a participação do ministro Dias Toffoli em um suposto esquema de venda de sentenças judiciais, segundo informações do jornal Folha de São Paulo. É a primeira vez na história que a PF pede ao STF a abertura de investigação contra um membro da própria corte. 

A solicitação foi encaminhada ao gabinete do ministro Edson Fachin, que encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República para que o órgão possa se manifestar sobre o assunto. No entanto, até a noite da última terça-feira (11), o caso ainda não havia chegado ao gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras. A investigação precisa de autorização do próprio STF para ser iniciada. 

Segundo a Folha de São Paulo, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, citou o ministro em depoimento validado por um acordo de delação premiada. Cabral alegou que Toffoli recebeu o valor de R$4 milhões em forma de propina para dar decisões favoráveis a dois prefeitos do Rio em processos que corriam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), corte onde o ministro atuou entre 2012 e 2016.

De acordo com Cabral, os repasses ilegais foram realizados por meio do ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, Hudson Braga, e envolvem o escritório da advogada Roberta Rangel, esposa do ministro Dias Toffoli. Através de nota, Toffoli afirmou que desconhece qualquer investigação contra ele e negou as acusações de irregularidades. 

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