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São Gonçalo segue as diretrizes do Ministério da Saúde para vacinar população

Jornal O São Gonçalo entrevistou o médico André Vargas

Escrito por *Claudionei Abreu | 11 de fevereiro de 2021 - 15:53

Em entrevista ao jornal O SÃO GONÇALO, o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, André Vargas, afirma que a cidade segue as diretrizes do Ministério da Saúde, através do Plano Nacional de Imunização (PIN), para vacinar os mais rápido possível a população da cidade, priorizando a imunização de idosos e profissionais de saúde. O neurocirurgião que comanda a pasta também disse que não viu demora por parte do município na divulgação do Plano de Ação Municipal para Imunização.

Confira a entrevista completa abaixo.

O SÃO GONÇALO - Qual a avaliação que o senhor faz do combate à pandemia no município na gestão anterior? E o que mudou efetivamente no governo do prefeito Capitão Nelson?

ANDRÉ VARGAS - Não iremos comentar a gestão anterior. Em nosso governo, a Saúde é a prioridade máxima, diante do quadro de pandemia que estamos enfrentando. Estamos trabalhando para garantir que a população tenha o atendimento médico sempre que necessário, com oferta de leitos, e estamos orientando a todos para que respeitem as medidas preventivas para evitar o contágio do novo coronavírus. Nossa Vigilância Sanitária está nas ruas, atuando para garantir o cumprimento das medidas, para evitar aglomerações, e as ações de sanitização são diárias. Em relação à vacinação, estamos agindo com rapidez e presteza, apesar do reduzido número de vacinas para atender a todos.

O SÃO GONÇALO - Vereadores criticaram a  demora na divulgação de um plano concreto de imunização da população, e alguns deles foram à Secretaria de Saúde cobrar explicações. Como o senhor encara essa crítica e o que impediu o atual governo de divulgar o plano de imunização com datas, grupos e a logística?

Vargas - Não entendemos que tenha ocorrida demora na divulgação. O plano de imunização de São Gonçalo segue as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que também é o responsável pela distribuição e quantidade de vacina que chega em cada cidade. Os grupos vacinados são determinados pelo Ministério da Saúde e São Gonçalo segue à risca as determinações do Ministério. Não podemos fixar datas porque dependemos do envio das remessas de vacinas e da quantidade de imunizantes para determinar a logística de atendimento.

O SÃO GONÇALO - Na última semana a cidade começou a vacinar idosos com mais de 90 anos. Qual é, em números, a população com mais de 90 anos e quantas pessoas desse grupo conseguirão receber a imunização considerando a quantidade de doses disponíveis?

Vargas - A cidade tem cerca de 4 mil idosos com mais de 90 anos. A Secretaria Municipal de São Gonçalo volta a vacinar esse grupo nesta quinta-feira (11), ampliando a faixa de idosos, que será de mais de 87 anos, inclusive os acamados que são atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD).

O SÃO GONÇALO - Estamos acompanhando filas nos postos de saúde da cidade e as pessoas alegam falta de informação sobre quem será vacinado. Além disso, a cidade anunciou que acabaram as vacinas e que também está vacinando pessoas de fora. O que está sendo feito para solucionar esses problemas?

Vargas - Não há falta de informação de quem está sendo vacinado. São Gonçalo segue o PNI, que preconiza, neste momento, profissionais da saúde. Um pedido do Ministério Público incluiu idosos com mais de 90 anos na vacinação, na semana passada, e há divulgação diária de todas as ações da Prefeitura de São Gonçalo. As vacinas terminaram porque profissionais de saúde de outras cidades – que mudaram o plano de vacinação – vieram para São Gonçalo se vacinar. Trata-se de uma campanha do SUS, que contempla toda a população, sem qualquer tipo de distinção. Para as próximas remessas de vacinas, a cidade – também em entendimento com o Ministério Público e o Governo do Estado – irá priorizar os idosos gonçalenses e profissionais de saúde que trabalham na área hospitalar do município, que terão que comprovar o vínculo de trabalho.

O SÃO GONÇALO - A reportagem recebeu algumas denúncias sobre fura-filas em São Gonçalo. Como a Prefeitura está lidando com isso e buscando evitar essa situação?

Vargas - A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo não recebeu qualquer denúncia de fura-filas. Para ter acesso à vacina, o profissional de saúde deve apresentar documento de identidade, carteira profissional, declaração de vínculo empregatício ou comprovante de residência. Todo o protocolo de segurança determinado pelo Ministério da Saúde está sendo cumprido.

O SÃO GONÇALO - Qual é a expectativa de tempo mínimo para que o município consiga imunizar pelo menos metade da sua população?

Vargas - O município de São Gonçalo, assim como todos os outros, depende das remessas de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde, que não tem data e quantidade de entrega prevista a longo prazo. Por isso, não tem como ter expectativa de tempo mínimo para a metade da população ser vacinada. Tradicionalmente, o município tem um histórico de realizar campanhas de vacinação com eficiência e rapidez. Foi assim com a imunização de idosos contra a gripe, por exemplo. No caso da covid-19, dependemos da entrega das vacinas pelo Ministério da Saúde.

O SÃO GONÇALO - Qual a avaliação que o senhor faz do Plano Nacional de Imunização coordenado pelo Ministério da Saúde? O município está sendo devidamente atendido?

Vargas - O Plano Nacional de Imunização é eficiente. No entanto, não há doses para todos e a distribuição é determinada pelo público-alvo de cada cidade e doses disponíveis. É preciso que a população e os municípios entendam e respeitem o que determina o PNI e continuem com as medidas de proteção individual.

*Estagiário sob supervisão de Thiago Soares

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