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Dados de 16 milhões de pessoas, incluindo Bolsonaro, são expostos em rede social

Os dados foram divulgados por um homem que trabalhava em um hospital

Escrito por Redação | 26 de novembro de 2020 - 12:25
Wagner teria divulgado os dados na plataforma GitHub e em seu perfil pessoal em uma rede social
Wagner teria divulgado os dados na plataforma GitHub e em seu perfil pessoal em uma rede social -

O presidente Bolsonaro, 17 governadores, ministros e outros brasileiros tiveram seus dados vazados após fazerem o teste de Covid depois que as senhas do sistema eletrônico do Ministério da Saúde foram expostas. Ao todo, 16 milhões de brasileiros que fizeram o teste tiveram seus dados pessoais, como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes, divulgados. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, os dados foram divulgados por Wagner Santos, funcionário do Hospital Albert Einstein.

Segundo informações, Wagner tinha acesso liberado ao banco de dados do Ministério da Saúde por trabalhar em um hospital que fazia parceria com o órgão. 

Wagner teria divulgado os dados na plataforma GitHub e em seu perfil pessoal em uma rede social no fim de outubro. Segundo o mesmo, tudo não passava de um teste que ele estava implementando, mas ele acabou esquecendo de apagar o arquivo da internet.

Além dos dados pessoais, as informações expostas mostram o histórico clínico dos pacientes. As pessoas que tiveram seus dados divulgados não necessariamente realizaram o teste de Covid no Albert Einstein, já que as informações eram do Ministério da Saúde e se tratavam dos examinados tanto na rede pública quanto na rede privada do país.

Confira a lista de alguns dos nomes que tiveram seus dados vazados:

Jair Bolsonaro, presidente da República;

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde;

Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania;

Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos;

João Doria (PSDB), governador de São Paulo;

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara;

Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado.

O Ministério da Saúde e o Hospital Albert Einstein informaram que as chaves de acesso foram trocadas e que eles vão abrir uma investigação interna para verificar o caso.

O Albert Einstein ainda disse que “1 colaborador teria arquivado informações de acesso a determinados sistemas sem a proteção adequada”. O hospital disse que comunicou o Ministério da Saúde sobre o fato para que “fossem tomadas as medidas para assegurar a proteção das referidas informações”.

O Ministério de Saúde também falou que o que ocorreu foi falha humana e não de sistema. O mesmo disse que está realizando “o rastreamento de possíveis sites ou ciberespaços onde os dados podem ter sido replicados”.

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