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Brasileiro ganha concurso de bilionário para construir transporte a vácuo

O hyperloop pode, ao menos em tese, ultrapassar os 1.000 km/h

Escrito por Redação | 22 de agosto de 2019 - 16:23

O hyperloop, um meio de transporte com cápsulas que passam por tubos metálicos, quase no vácuo, ganhou o concurso do bilionário Elon Musk, dono da SpaceX (de viagens espaciais e transportes) e da Tesla (veículos elétricos).

O transporte, seria um cruzamento entre um canhão eletromagnético, um avião Concorde e uma mesa de hóquei de ar. O estudante de engenharia mecânica Rafael Nass de Andrade, brasileiro de 23 anos, foi um dos quatro líderes do time com 50 pessoas que venceu, em julho, uma competição universitária criada pelo magnata para dar um empurrãozinho do espírito competitivo acerca da nova tecnologia.

Em dezembro, Musk convocou a imprensa para ir até Hawthorne, subúrbio do condado de Los Angeles com 90 mil pessoas. Lá ficam as sedes da SpaceX e da The Boring Company, companhia focada em túneis que ele fundou em 2016, após reclamar que o trânsito local o “deixa louco”.

O hyperloop pode, ao menos em tese, ultrapassar os 1.000 km/h, um pouco abaixo da velocidade do som (1.224 km/h) e bem superior à média dos trens-bala mais rápidos do mundo (400 km/h). Ainda falta um bocado para se aproximar da passada sonora. Nass conta que sua equipe venceu o torneio de Musk “quebrando o recorde de velocidade”: atingiram 482 km/h.

“Por incrível que pareça acho mais difícil essa tecnologia ser aplicada na Europa, onde a infraestrutura de transporte é bem completa. E o hyperloop teria que substituir uma existente linha de trem.” O Brasil levaria vantagem por ter um sistema ferroviário mais precário.

“Mas creio que a primeira linha será na Índia, na China ou nos Emirados Árabes Unidos. Eles têm um incrível poder econômico e tentam mostrar para o mundo que são países do futuro, e ao mesmo tempo a infraestrutura de transportes deles ainda tem grande potencial de melhoria.”

Musk já disse que viagens com a tecnologia poderiam custar US$ 1 (R$ 4). “Nós, uma vez, estimamos cerca de R$ 0,40/km para o consumidor final nos primeiros anos”, afirma Nass. Levando em conta o trajeto rodoviário Rio-São Paulo, com seus 434 km, daria R$ 173, mais barato que a média da ponte aérea.

O formato dos veículos é outro ponto aberto a discussão. Os mais buscados pelas empresas: cápsulas capazes de acomodar mais ou menos a mesma quantidade de pessoas que um ônibus. “Um conceito um pouco mais alternativo, e que eu particularmente gosto, é o de cápsulas para um ou dois passageiros, onde eles viajam praticamente deitados. Com isso o diâmetro do tubo diminuiu muito, reduzindo custos de infraestrutura e permitindo instalar o sistema dentro de grandes cidades”, diz Nass.

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