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Gonçalense sofre sem conseguir fazer cirurgia de emergência

Jovem busca pelo procedimento há três meses

Escrito por Redação | 22 de fevereiro de 2019 - 10:58

Por Vitor d'Avila e Marcela Freitas 

A vida de mães de crianças pequenas tende a não ser fácil. Trocar fraldas, levar ao médico, alimentar. São inúmeras as obrigações que ficam ainda mais difíceis quando se faz tudo sozinha, pois o pai precisa trabalhar o dia todo para garantir o sustento de casa. A dificuldade é ainda maior quando se possui uma grave doença necessitando de uma cirurgia de urgência, mas que não pode ser feita por omissão do poder público. Este é o caso da dona de casa Letícia Silva, de 24 anos.

Ela, além de ser mãe do pequeno Artur, de apenas nove meses, convive, desde o nascimento de seu filho, com pedras na vesícula, que lhe causam fortes dores e colocam sua vida em risco. Sua primeira crise aconteceu há três meses, quando, no Posto de Saúde do Jardim Catarina atestaram que a cirurgia para a retirada da vesícula deveria ser feita com urgência.

“Entreguei o encaminhamento aqui no posto e eles passaram para a Secretaria de Saúde, que apenas pedem para aguardar contato. Isso tudo há três meses. Vale lembrar que o médico pediu urgência. O pior é que estou sem o encaminhamento, não consigo outro e, mesmo conseguindo operar em outro lugar, não poderia”, disse.

Uma outra saída para Letícia seria fazer a operação na rede particular. Porém, uma cirurgia de retirada de vesícula, em um conhecido hospital de Niterói, custa R$ 13 mil.

“Em um hospital no centro de Niterói uma cirurgia dessa custa 13 mil reais. Não tenho esse dinheiro, dependo da rede pública. É um constrangimento, você fica sem saída. Se eu depender da rede pública vou morrer. Não consigo nada, não tenho esperança”.

Hospitais do Estado também não operam

Entre suas diversas crises de dor, Letícia também tentou ser atendida e operar de forma emergencial no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê. Mas lá, ela foi informada que a cirurgia seria feita somente se “estivesse morrendo”. Tudo o que fazem é receitar remédios e mandá-la de volta para casa, no Jardim Catarina.

“Fui até ao Heat com muitas dores e falaram que não poderiam fazer nada por mim, apenas se minha vesícula estivesse inflamada e afetando o pâncreas. No Orêncio de Freitas em Niterói, a mesma coisa. Eles só operam se a pessoa estiver morrendo de fato” relatou.

A Prefeitura de São Gonçalo através da Secretaria municipal de Saúde informou que "a marcação de cirurgias é feita através da Central de Regulação do município. A paciente deve entregar o pedido da cirurgia com xerox dos documentos(identidade, cpf, cartão sus e comprovante de residência) no Polo Sanitário mais próximo de sua residência, que irá encaminahar o pedido e regular no sistema através do Sistema de Regulação Estadual (Sisreg).e a Secretaria Estadual de Saúde foram procuradas, mas não encaminharam resposta até o fechamento desta edição."

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