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Profissionais da rede municipal de ensino de São Gonçalo continuam em greve

A proposta de aumento salarial não atende todas as categorias

Escrito por Redação | 07 de agosto de 2018 - 07:54

Por: Marcela Freitas

“A educação parou. Nanci, a culpa é sua”! Foi com esse coro que mais de 300 pessoas, entre profissionais da Educação, pais e alunos, fizeram uma caminhada, no final da manhã de ontem, até a sede da Prefeitura, no centro de São Gonçalo, após assembleia que decidiu pela continuidade da greve na rede municipal de ensino.

Por unanimidade, os profissionais rejeitaram a proposta da Secretaria Municipal de Educação e votaram pela manutenção da greve deflagrada, no último dia 30.

Desde 18 de junho, os profissionais da rede municipal de Educação estavam trabalhando com redução de carga horária. Neste período, houve três paralisações e duas manifestações em frente à sede do governo municipal.

De acordo com a diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-SG), Beatriz Lugão, o prefeito não teria cumprido a palavra, em acordo firmado no Ministério Público, para equiparação do piso dos professores com o piso nacional, que é de R$ 1.350 para 22 horas de trabalho. Atualmente, o professor que ingressa na rede municipal recebe R$ 933.

A partir da greve, a Prefeitura acenou com a proposta de abono salarial para três níveis do magistério, para equiparação do salário com o piso nacional, que não atenderia nem 10% dos professores, além de merendeiras e inspetores de alunos, que também não seriam contemplados.

“O plano de carreira atual que foi uma conquista da categoria, após a greve de 2002, é um plano unificado. Vai da referência 1 a 22, que é o doutorado. Esse abono atinge três níveis do magistério, e essa oferta é para dizer que pagam o piso nacional que é lei (11.738). E o abono como vem por fora do piso, o triênio não incide sobre ele assim como gratificação da alfabetização, educação especial e por qualificação. É muito pequeno e não atinge 10% da categoria e acaba quebrando o plano de carreira que é lei” explicou a diretora do Sepe.

Próximos passos - Na assembleia foi votado também a realização de reunião, nesta terça, com o comando de greve e corrida às escolas; amanhã e quinta ida à Câmara dos Vereadores; sexta-feira, ato, às 10h, na Praça Luiz Palmier no Centro, e na próxima segunda-feira (13), nova assembleia, no Colégio Municipal Castello Branco, às 9h, para decidir os rumos do movimento.

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