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Família de jovem vítima de intolerância religiosa recebe assistência em São Gonçalo

Será atendida pelo secretário de Direitos Humanos

Escrito por Redação | 22 de agosto de 2017 - 10:14

Por Marcela Freitas

Vítima de intolerância religiosa em São Gonçalo será atendida por secretário de Estado

A adolescente de 15 anos que sofreu com intolerância religiosa em uma escola estadual na Brasilândia, em São Gonçalo, será atendida pelo secretário de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, Átila Nunes, hoje, às 10h, na sede da secretaria. Antes do atendimento, porém, o secretário já disponibilizou à família, assistência psicológica, jurídica e social e acompanhará a investigação do caso, que está sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo.

A menina candomblecista foi ofendida na escola por um colega de turma com xingamentos contra a sua religião. Ainda esta semana, familiares, professores e a vítima serão ouvidos na Deam. Segundo a delegada Débora Rodrigues, os envolvidos no caso poderão responder pelos crimes de intolerância religiosa e injuria, cujas penas somadas poderão chegar a três anos de detenção.

O secretário de Direitos Humanos, Átila A. Nunes, além de atender a família, disse que vai realizar cursos de capacitação nas escolas. “Nós vamos fazer contato com a Secretaria de Educação para oferecer um curso de capacitação para os professores, funcionários e alunos dessa escola sobre a questão da intolerância religiosa. Não podemos permitir que casos como esse continuem a acontecer, ainda mais em ambientes escolares. Para isso é importantíssimo levantar a discussão e incentivar que as pessoas denunciem. Todas as vítimas podem buscar assistência junto à secretaria através do Disque Combate ao Preconceito”, disse o secretário.

O pai da menina, Leandro Coelho, de 35 anos, disse que está muito feliz com o apoio recebido. “Esse apoio mostra que não estamos sozinhos nesta luta, que existe um amparo não só à minha religião, como todas as outras. A intolerância abrange todas elas. Conversamos com minha filha, que voltou à escola. Apesar de ainda estar receosa com o retorno forçado, não posso retirá-la da escola neste momento, já que prejudicaria seu estudo”, afirmou.

Casos como o da adolescente não são isolados. Segundo dados do Disque 100, as denúncias de casos de intolerância religiosa aumentaram em 119% no ano passado em relação ao ano anterior. Foram 79 ocorrências no período. As denúncias de casos de intolerância religiosa podem ser feitas através do Disque Combate ao Preconceito no telefone (21) 2334-9551, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que abriu sindicância para apurar os fatos e que a direção da escola está acompanhando o caso junto à família da aluna. A Seeduc ressaltou que repudia quaisquer formas de preconceito e discriminação.

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