Adolescente com deformidade no peito precisa fazer cirurgia de R$ 70 mil
Yago pede ajuda em 'vaquinha virtual'

Por Marcela Freitas
“Se eu pudesse, sentiria a dor dele. É muito ruim ver meu filho sofrer e não poder fazer nada. Queria trocar de lugar com ele para que ele não passasse por nada disso”. O depoimento emocionado é da dona de casa Gloria Regina Santos de Castro Velasco, de 40 anos, mãe do estudante Yago Luiz de Castro Velasco, 15, portador de deformidade congênita da parede torácica, que compromete a função cardíaca e respiratória e causa dor no tórax e nas costas (Pectus excavatum - peito vazio). Para resolver o problema, a mãe foi orientada a fazer uma ‘vaquinha virtual’, mas aceita qualquer tipo de ajuda.
A deformidade foi notada pela mãe ainda na infância. Ela procurou alguns médicos, que minimizaram a deficiência. Mas, no início da adolescência, o menino passou a se queixar das fortes dores. Sem recursos financeiros para tratar o menino, a moradora da comunidade da Grota do Surucucu, em São Francisco, Niterói, acionou a Justiça e garantiu o atendimento do adolescente no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), mas a consulta, que aconteceu no mês passado após um ano de espera, não foi o que a família esperava.
“Ele foi atendido por um ortopedista que disse que o caso dele é necessário ser tratado com um cirurgião torácico. Passou alguns exames e me encaminhou para outro ortopedista. Meu receio é que essa demora comprometa ainda mais a saúde do Yago, que vem perdendo peso porque os ossos da costela já estão pressionando o esôfago”, disse a mãe. Para tentar agilizar a cirurgia, que custa cerca de R$70 mil, a mãe pediu ajuda através do lançamento da campanha, mas a ação teve baixa adesão. Glória conta que corre contra o tempo, já que Yago se queixa cada vez mais de dores.
Solidariedade
“Uma pessoa viu a nossa história e deu essa ideia da campanha. Pelo que soubemos, essa cirurgia ficaria em torno de R$ 70 mil, mas ainda não buscamos um especialista na rede privada porque não temos condições nem de pagar pela consulta. Peço que algum cirurgião se sensibilize com a nossa história e examine o Yago. Toda ajuda é bem vinda e não precisa ser só financeira”, afirmou.
Gloria, que também sofre com alguns problemas ósseos, disse que seu marido, que é pedreiro, é o único que trabalha em casa. “Tenho dois filhos. O Yago e o Yuri, 16. Temos muitas dificuldades financeiras e tem sido muito difícil lidar com esse diagnóstico do Yago. Para fazer os exames, gastamos mais de R$ 300 e foi difícil juntar essa quantia. É muito doloroso ver seu filho sofrer com dores e nada poder fazer. Não sei mais a quem recorrer”.
Sonho
Yago disse que seu sonho é ter uma vida como a de outros adolescentes. “Fui impedido de fazer educação física ou qualquer esporte por conta da falta de ar e do aceleramento cardíaco. Gostaria de ter uma vida normal como qualquer garoto”, contou o jovem.
Quem puder ajudar a família, pode entrar em contato com os telefones 3608-8559 ou 99932-9730. O financiamento coletivo pode ser acessado através do link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/operacao-para-salvar-o-yago.
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