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Sem dinheiro, casal de torcedores do Atlético Nacional (COL) ‘mora’ na areia da Praia de Copacabana

Sem dinheiro, casal de torcedores do Atlético Nacional (COL) ‘mora’ na areia da Praia de Copacabana

Escrito por Redação | 09 de junho de 2017 - 11:30

Por  Rennan Rebello

O futebol é o esporte mais popular do mundo e envolve paixões que extrapolam a lógica. Esse é o caso do estudante de gastronomia, Andrés Pinto, 26 anos, e da técnica em telemarketing Luisa Ortis, 21. O casal, mesmo com poucos recursos financeiros, resolveu seguir sua grande paixão - o Atlético Nacional de Medellín - que, veio ao Rio jogar pela Libertadores contra o Botafogo, em 18 de maio. E, depois de ver o time eliminado, Andres ainda foi assaltado na praia, ficando sem dinheiro e documentos.

Desde então, o casal ‘vive’ numa barraca, na Praia de Copacabana, e vendem artesanato e ‘lebranças’ da Colômbia para juntarem dinheiro e conseguirem voltar para casa. Após o Atlético jogar contra o Barcelona de Guayaquil, no Equador, em março deste ano, Andrés encontrou sua namorada Luisa no país equatoriano e, de lá, fizeram uma longa viagem para assistir a partida contra o Botafogo, no Estádio Nilton Santos.

“Viemos para o Brasil, de carona, passamos pelo Acre e Mato Grosso antes de chegarmos aqui (Rio), trouxemos pulseiras, artigos do nosso Atlético Nacional e pacotes de café colombiano para vendermos e termos como nos sustentar. O custo no Rio é caro e estamos morando em uma barraca na Praia de Copacabana. Assim como a gente, há outros nove torcedores acampados e trabalhando de maneira informal”, revelou a colombiana.

A “moradia” nas areias não foi por vontade própria. Mas sim por necessidade. Andrés teve a mochila roubada na praia e ficou sem documentos. Para voltar, ele precisa de uma nova via da identidade colombiana, que custa R$273 no consulado, em São Paulo. “Não pedimos ajuda às nossas famílias e nem ao nosso clube porque fizemos isso por amor e não é justo pedir nada em troca. Vamos trabalhar para conseguir sair dessa situação”, disse Andrés.

Apesar das dificuldades, eles não querem ir embora sem ir à Chapecó (SC). “Depois do desastre aéreo com a Chapecoense, nós, torcedores do Atlético, estamos ligados a eles. Dessa forma, não podemos voltar sem visitar a “casa” da Chape e levar algo deles”, finalizou o fanático torcedor.

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