Crise econômica faz lojas fecharem em SG

A crise econômica, associada à insegurança, fez com que vários comerciantes e lojistas da cidade fechassem as portas. A falta de iniciativa de dar baixa nos alvarás dificulta uma contagem precisa. Entretanto, até o último levantamento feito, pela Associação Comercial e Empresarial de São Gonçalo (Acesg), 32 lojas foram fechadas em definitivo nos últimos meses. Entretanto, a estimativa é que mais que o dobro tenha encerrado suas atividades.

A região do Centro, que passou por uma forte crise em junho do ano passado, está retomando o fôlego, entretanto, bairros como Parada 40 e Camarão, vêem seus comércios fechando, a cada dia.

Comerciante no bairro há 33 anos, Rogério Gomes, 50 anos, estuda entregar as chaves de seu comércio, na Rua Francisco Portela, por conta da insegurança.

“É claro que a crise econômica dificulta as vendas, mas o que mais me amedronta é a insegurança. Em janeiro deste ano, tive meu comércio invadido por homens armados. Estamos trabalhando com medo. Passo os dias observando a circulação da rua. Esse negócio era pequeno e do meu pai e, com o passar dos anos, consegui expandir. Mas, estou tão cansado dessa insegurança, que estudo assim como outros amigos comerciantes fechar as portas”, afirmou. De acordo com a corretora Renata Torres, da administradora de imóveis Torres, um conjunto de fatores está atrapalhando a expansão comercial da cidade e, isso inclui a crise econômica, o alto valor dos aluguéis, a insegurança e o investimento errado. Ainda segundo ela, mesmo as lojas alugadas em locais com maior movimento, como na região do Alcântara, estão com pouca frequência devido à falta de capital da população para as compras.