Câncer de pele: como identificar manchas suspeitas?
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que estimam-se 704 mil novos casos da doença ainda em 2025

O câncer de pele é o tipo de neoplasia mais frequente no Brasil e no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é também um dos mais preveníveis. As chances de cura podem chegar a mais de 90% com o diagnóstico precoce e cuidados diários.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que estimam-se 704 mil novos casos da doença ainda em 2025, o que equivale a cerca de 30% de todos os casos de câncer em todo o país.
Leia também:
Campeã brasileira de ginástica Isabelle Marciniak morre aos 18 anos
"Na maioria dos casos, ele pode ser evitado com a mudança de hábitos simples e diários. A radiação UV é o principal fator de risco, e a conscientização sobre o uso correto de barreiras protetoras pode salvar vidas”, destaca o dermatologista do IBCC Oncologia, Dr. Aldo Toschi.
Para o médico, a identificação precoce de lesões suspeitas é importante para o sucesso do tratamento, especialmente no caso do melanoma, que é o tipo mais agressivo. "A recomendação principal é examinar a própria pele mensalmente. Qualquer mudança em pintas ou o aparecimento de novas lesões exige atenção", orienta Toschi.
Para facilitar a identificação de lesões suspeitas, o dermatologista ressalta a importância da regra do ABCDE:
Assimetria: lados da lesão que não são iguais.
Bordas: contornos irregulares, mal definidos ou recortados.
Cor: diversas cores na mesma pinta (tons de preto, vermelho, marrom, etc.).
Diâmetro: normalmente maior que 6 mm.
Evolução: alterações no tamanho, forma, cor ou o surgimento de coceira e sangramento.
Como se cuidar?
O médico ressalta que pessoas de pele clara e histórico familiar para câncer cutâneo devem sempre procurar métodos de proteção solar, diariamente, mesmo em ambientes fechados ou em dias nublados. A recomendação é utilizar um protetor solar, contra raios UVA e UVB, com FPS mínimo de 30 ou superior.
“A aplicação precisa cobrir todas as áreas expostas, incluindo orelhas, pescoço e lábios, cerca de meia hora antes de se expor ao sol. A eficácia do produto depende da reaplicação a cada duas horas de exposição contínua, ou imediatamente após banhos de mar ou piscina e sudorese intensa”, explica o médico.
Além disso, a exposição solar deve ser evitada ou reduzida entre 10h e 16h, período de maior incidência da radiação solar. O uso de barreiras físicas, como chapéus de abas largas, óculos de sol com 100% de proteção UV e roupas com fator de proteção ultravioleta (FPU) é uma forma de reforçar ainda mais a proteção.
“Outro fator importante para os cuidados com a pele é ter uma dieta balanceada e rica em antioxidantes, como vitaminas A e C e Betacaroteno, que contribuem para a saúde geral da pele, auxiliando na defesa do organismo”, ressalta Toschi.
Também é importante consultar, anualmente, um dermatologista ou em períodos mais curtos para pacientes com risco aumentado ou com histórico pessoal de câncer. “Qualquer ferida que não cicatrize em até quatro semanas é um sinal de alerta e deve ser avaliada por um médico imediatamente”, finaliza.