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Mulher desaparece em frente a Rodoviária Novo Rio ao tentar embarcar para MG onde encontraria os filhos

A irmã da jovem busca por informações que ajude a encontrar Tais Pereira da Rocha

relogio min de leitura | Escrito por Cristine Oliveira com edição de Cyntia Fonseca | 15 de dezembro de 2025 - 12:40
Tais Pereira da Rocha, de 23 anos, desapareceu no último sábado (13)
Tais Pereira da Rocha, de 23 anos, desapareceu no último sábado (13) -

O que era para ser uma viagem de reencontro com os filhos se transformou em um grande mistério, após Tais Pereira da Rocha, de 23 anos, desapareceu no último sábado (13), ao ser deixada em frente à Rodoviária Novo Rio, onde embarcaria para Minas Gerais. Familiares informaram que pouco antes de desaparecer, a jovem havia pedido demissão do emprego.

A jovem era natural de Minas Gerais, onde tem dois filhos, mas se mudou para o Rio de Janeiro, cerca de três anos depois que terminou o relacionamento. Já no Rio de Janeiro, Tais residia no bairro Boa Vista, em São Gonçalo e trabalhava como recepcionista em uma academia localizada no Shopping Partage.


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O desaparecimento de Tais ocorreu depois que ela deixou a casa da irmã adotiva no bairro Mutuapira, em um carro de aplicativo, na tarde de sábado, em direção à rodoviária Novo Rio, onde embarcaria para seu estado natal.

“Saindo da minha casa, no Mutuapira para a Rodoviária Novo Rio, saiu por volta das 16h43. Embarcou no carro de aplicativo. Ela tinha uma passagem para Minas Gerais, ia buscar os filhos dela para passar o fim de ano e férias escolares aqui. Mas não chegou a embarcar e sumiu”, disse a irmã adotiva Aline Braga de Lima, de 33 anos.

De acordo com o registro de ocorrência registrado na 17ª DP (São Cristóvão), a passagem de Tais estava com o embarque programado para às 22h, e a chegada às 6h da manhã, em Santa Margarida, com desembarque em Realeza, em Minas Gerais. Entretanto, após a jovem não chegar ao destino, o ex-marido dela entrou em contato com Aline, na manhã de domingo (14), informando que a jovem não tinha chegado.

“Ontem de manhã, o ex-marido dela, pai dos filhos dela, mandou mensagem para mim dizendo que Tais não tinha chegado, perguntando se ela realmente embarcou porque ela não tinha tinha chegado. Foi onde começou a busca de informações iniciais, diz ele que foi até o guichê da Rio Doce, com as informações que tinha, e a Rio Doce de Minas informou que não teve embarque e que inclusive a passagem estava lá e que podia mudar a data”, disse Aline.

Após os familiares constatarem que Tais não chegou a embarcar, foram em busca do motorista de aplicativo que a deixou na rodoviária, e ele informou que a deixou na porta do local e que pagou um valor a mais pela corrida.

“Em contato com o motorista, ele disse que deixou ela na porta da rodoviária. E até riu porque a corrida deu R$ 65,00, e ela deu R$ 100,00 e disse que podia ficar com o troco. Disse que ela foi em silêncio com fone no ouvido, pediu para colocar o celular dela para carregar”, contou a irmã sobre o relato do motorista.

Quando tentam mandar mensagem para o aparelho celular de Tais, não tem retorno.

“Ela tem um iPhone, mas só funciona com wi-fi. Não recebe mensagens e quem manda mensagem só aparece um risquinho”, explicou a irmã.

Saúde em risco

O desaparecimento de Tais preocupa ainda mais a família, quando observada a saúde mental da jovem, que segundo a irmã, teve um quadro de depressão profunda e ansiedade, mas que após o tratamento houve melhora.

Segundo Aline, a jovem deu entrada na quinta-feira (11), no Pronto Socorro Central, mas ainda não sabe o que teria motivado o atendimento. No dia seguinte, recebeu uma ligação da proprietária da casa onde Tais morava, pedindo para buscar a jovem.

A dona da casa teria informado que a mineira estava gritando e um pouco desorientada. Logo em seguida, foi levada para a casa da irmã e começou a se sentir melhor.

No dia seguinte, sábado (11) quando foi vista pela última vez, Tais não foi ao médico como foi sugerido pela irmã, e voltou para casa.

Quando voltou para a casa de Aline, a irmã questionou sobre a saúde de Tais, que disse que não precisava ir ao médico.

“Perguntei: ‘Como foi no hospital, conseguiu atestado, receita?’

Ela disse: ‘Por que eu iria ao hospital, eu tô bem’

Eu disse: ‘E o trabalho?’

Ela disse: ‘Passei lá e pedi demissão. Tava me sobrecarregando, porque ninguém lá gostava de mim, e assim, nada impede eu ir para MG ficar com meus filhos. Porque agora tenho tempo”, Aline narrou a conversa que teve com a irmã poucas horas antes de a jovem desaparecer.

Antes de desaparecer, Tais pediu demissão do emprego
Antes de desaparecer, Tais pediu demissão do emprego |  Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Logo depois da conversa, Tais embarcou no carro de aplicativo e desapareceu.

Informação do desaparecimento

Aline revelou que uma amiga de Tais foi solidária e se ofereceu para ajudar nas buscas. Neste momento, elas receberam a informação de que a mineira poderia estar no Hospital Municipal Souza Aguiar.

“Só ontem fui conhecer uma amiga dela que estava ajudando para caramba. E me ajudou bastante ontem, foi para o Rio de Janeiro, rodou de carro. De madrugada foi de novo, porque recebemos a informação de um suposto delegado que ela estava no Souza Aguiar. Fomos lá de madrugada e a informação não procedia”, contou Aline.

Segundo a irmã, as câmeras de segurança da rodoviária poderão ser acessadas apenas quando houve um mandado. 

Para ajudar na identificação de Tais, é possível observar algumas tatuagens espalhadas pelo corpo: no braço tem a tatuagem de um anime, na perna o desenho de um fusca e o nome do filho, além disso, na barriga ela tem mais três tatuagens, sendo um tridente, um coração e um cérebro.

Quando foi vista pela última vez, Tais vestia uma calça pantalona bege, blusa cropped com manga curta azul clara e sandália com estampa de onça. Ela ainda levava uma bolsa sacolão amarela clara.

Caso haja alguma informação que ajude a encontrar Tais Pereira da Rocha, entre em contato com (21) 97017-9474, da irmã da jovem, Aline Braga de Lima.

Procurada, a Polícia Civil respondeu que "o caso foi registrado na 17ªDP (São Cristóvão) e encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que dá continuidade às investigações. Diligências estão em andamento para localizá-la". 

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