Família de Juliana Marins desiste de cremação e opta por sepultamento
Decisão de não cremar o corpo da jovem niteroiense foi tomada em meio à dor da perda e às exigências legais envolvendo sua morte na Indonésia

Em meio à comoção e tristeza que marcaram o velório de Juliana Marins nesta sexta-feira (4), em Niterói, o pai da jovem, Manoel Marins, revelou uma mudança importante nos planos da família: Juliana, que inicialmente seria cremada, será sepultada. A decisão foi tomada após um impasse judicial sobre o corpo da jovem de 26 anos, que morreu em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.

A cremação havia sido solicitada formalmente pela família por meio da Defensoria Pública, mas foi inicialmente negada pela Justiça. Segundo Manoel, o juiz responsável argumentou que, por se tratar de uma "morte suspeita", a cremação não seria permitida de imediato, diante da possibilidade de futuras investigações e eventuais exumações.
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"A Defensoria havia entrado com o pedido para que ela fosse cremada, mas o juiz disse 'não', porque é uma morte 'suspeita' talvez, não sei se esse seria o termo correto. Então ela teria que ser enterrada, caso fosse necessário fazer uma exumação no futuro", explicou o pai.

No entanto, ainda na manhã do velório, a família foi surpreendida com a notícia de que o pedido de cremação havia sido aprovado. Mesmo assim, decidiram manter o sepultamento. "Já tínhamos decidido pelo enterro. Então, mesmo com a liberação, vamos seguir com essa decisão", afirmou Manoel, visivelmente emocionado.

O sepultamento de Juliana acontecerá no mesmo local onde foi realizado o velório, no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba. A jovem será enterrada em meio a homenagens e despedidas de familiares, amigos e até desconhecidos que acompanharam com apreensão os desdobramentos do caso desde o desaparecimento na Indonésia, em 21 de junho.
A partir de 12h30, até às 15h, a cerimônia ficará restrita à participação de familiares e amigos. Após as despedidas, o corpo será enterrado