Gelo contaminado é alvo de operação policial no Rio; agente da Core morre durante ação
Exames apontaram presença de coliformes fecais no produto

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deflagraram, na manhã desta segunda-feira (19), a operação Gelo Podre, com o objetivo de combater a produção e a comercialização de sacos de gelo contaminados, distribuídos a estabelecimentos nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio, na Zona Oeste da capital fluminense.
A investigação teve início após uma blitz realizada em fevereiro deste ano, quando quatro caminhões transportando gelo irregular foram apreendidos. Perícias técnicas detectaram a presença de coliformes fecais no produto, indicando risco à saúde pública.
Durante a ação desta segunda-feira, policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) e da Delegacia do Meio Ambiente, com apoio de agentes do Inea, cumpriam dez mandados de busca e apreensão em diversos endereços. Em uma das localidades, na Cidade de Deus, um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que prestava apoio à operação, foi baleado na cabeça. Ele chegou a ser encaminhado em estado grave ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.
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A Polícia Civil também apura irregularidades no uso de água e energia elétrica pelas fábricas investigadas, além de possíveis crimes ambientais e contra o consumidor.
Segundo os investigadores, a operação realizada em fevereiro já havia identificado quatro caminhões carregados com gelo de procedência duvidosa, que seriam entregues na orla da Zona Oeste. Técnicos da Cedae realizaram exames de potabilidade e constataram que, ao menos uma das fábricas localizadas na Cidade de Deus, produzia gelo contaminado por coliformes fecais e outras substâncias nocivas à saúde.