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Menina com câncer agressivo tem visto negado para fazer tratamento nos EUA

Vitória, de 10 anos, foi diagnosticada com um tumor no tronco cerebral extremamente agressivo; A menina foi chamada para um tratamento experimental nos EUA

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de abril de 2024 - 13:46
Vitória recebeu o diagnóstico de um tumor no tronco cerebral
Vitória recebeu o diagnóstico de um tumor no tronco cerebral -

Vitória, de 10 anos, moradora de Maricá que foi diagnosticada com câncer no cérebro, conseguiu o dinheiro para ir até os Estados Unidos, onde foi chamada para realizar um tratamento experimental, com uma medicação que está sendo desenvolvida no país e pode ser o que falta no tratamento da menina.

Porém, mesmo após arrecadar o valor necessário para a viagem, o consulado americano negou o visto da menina para entrada no país.


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Processo para o tratamento 

Desde outubro do ano passado, a família de Vitória enfrenta uma corrida contra o tempo. Ela recebeu o diagnóstico de um tumor no tronco cerebral, muito agressivo. Imediatamente, a menina começou o tratamento no Instituto Nacional do Câncer (Inca).

“Ela começou a tomar um remédio, que inclusive incha bastante, e nos indicaram a radioterapia como tratamento paliativo”, disse o pai, Rodolpho Kaizer, em entrevista a TV Globo.

“Se não tiver tratamento específico, ele [o tumor], automaticamente, pode ir se ampliando e pode causar novos danos, porque como é no cérebro, aí tem a questão do falar, do andar, da respiração, deglutição e pode acarretar novos danos", completou.

Os pais, então, começaram a correr atrás de outras possibilidades e descobriram uma chance. Um medicamento que está sendo desenvolvido em um hospital em Miami e que tem apresentado bons resultados.

“Apresentamos o diagnóstico, apresentamos os exames que foram feitos, nos foi pedido um laudo da médica que atende a Vitória, que foi feito e apresentado, até que eles aceitaram", contou o pai.

Vitória foi aceita no hospital. A família, então, começou mais uma etapa: conseguir dinheiro para custear passagem, hospedagem e consulta. A medicação é gratuita.

A família conseguiu reunir o dinheiro necessário para o início do tratamento que tem data prevista para o dia 16 de abril. Na primeira consulta, Vitória precisa estar presente com um responsável. Depois, os médicos vão avaliando o tratamento e apenas o pai ou mãe precisa ir até lá para retirar o remédio.

Com a aprovação do hospital, os pais acreditavam que faltava apenas a parte mais simples: a documentação para viajar. Mas não foi o que aconteceu. O consulado americano negou o pedido de visto da família.

Na reposta, o consulado argumentou que os solicitantes a visto temporário têm que provar que não tem a intenção de imigrar para os Estados Unidos.

“Levamos toda a documentação necessária, a carta do hospital, de Miami, todos os laudos dos médicos do Inca, da pediatria daqui, todos os exames, a gente levou tudo", contou a mãe, Raphany Kaizer.

Com o visto negado, a família entrou em contato novamente com o hospital americano, que enviou uma carta para o consulado.

No documento, a direção do hospital afirma que a criança não será internada no hospital e que o ensaio clínico não terá nenhum custo para a família.

Em outro trecho, a direção do hospital segue dizendo que há uma janela apertada para Vitória começar o tratamento devido ao diagnostico. Além disso, detacou-se que o hospital tem a certeza de que, vendo a natureza do pedido de visto, o consulado terá uma consideração cuidadosa e humanitária.

“Nosso interesse é zero de mudar para outro lugar. Existe um fato, que é esse fato que a gente tá hoje buscando, que é resolver essa questão do medicamento da Vitória porque, baseado na medicina, isso é mais uma gota de esperança, né?”, disse o pai de Vitória.

O consulado americano respondeu que informações sobre vistos são confidenciais de acordo com as leis dos Estados Unidos e que por isso não vão comentar sobre o caso.

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