Estudante leva tiro, acha que é pedrada e dirige mais de 300 km com projétil na cabeça
Mateus Facio foi atingido no Réveillon, enquanto estava na praia, no Rio; Jovem descobriu projétil após passar mal e procurar hospital em Juiz de Fora
![Após se sentir mal, o jovem procurou hospital e descobriu o projétil](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Artigo-Destaque/140000/1200x720/Estudante-leva-tiro-acha-que-e-pedrada-e-dirige-ma0014227500202401200946-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F140000%2FEstudante-leva-tiro-acha-que-e-pedrada-e-dirige-ma0014227500202401200946.jpg%3Fxid%3D594977%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1713829599&xid=594977)
O estudante mineiro que levou um tiro na cabeça em uma praia de Cabo Frio durante o Réveillon seguiu os dias de descanso acreditando ter sido atingido por uma pedrada e dirigiu mais de 300 até Juiz de Fora, onde mora.
A viagem, feita em 7 horas, não teve intercorrências, e Mateus Facio seguiu a vida normalmente até que, quatro dias depois, começou a se sentir mal e procurou um hospital da cidade.
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Só após exames, o jovem descobriu que a pedrada levada no dia 31 de dezembro, na verdade, foi um disparo de projétil calibre 9 milímetros que já estava pressionando o cérebro dele.
“Imaginei que fosse uma pedrada, algo do tipo. Ouvi um barulho tipo de explosão, só que dentro da minha cabeça. Então eu olho pra frente e tá todo mundo sem entender nada e eu ‘ai ai ai'", afirmou.
Um médico, que estava com o grupo de turistas, estancou o sangramento, colocou gelo e os jovens seguiram para a noite de Réveillon, em Búzios.
“No dia 2 de janeiro volto para Juiz de Fora, sem sentir nada. No dia 3 trabalhei pela manhã, à tarde fui no Rio de Janeiro, num bate e volta para resolver umas coisas. No dia 4 foi quando eu descobri o que tinha realmente acontecido porque à tarde fui tirar um cochilo e acordei com o braço um pouco bobo, a mão com movimento estranho, sentia os dedos mexendo, mas não tinha confiança para pegar uma coisa”, declarou o jovem.
Após exames em um hospital particular de Juiz de Fora, foi identificada a bala na cabeça de Mateus, que precisou ser operado. Ele ficou dois dias no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade e mais um dia no quarto.
Investigações
O projétil retirado da cabeça do estudante será encaminhado para a Polícia Civil de Cabo Frio, que ficará responsável por investigar de onde saiu a bala e quem efetuou o disparo.
Segundo a Polícia Militar, não houve registro de nenhuma ocorrência no dia envolvendo tiros na região da praia.