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Ataque russo deixa 18 mortos na Ucrânia

132 pessoas ficaram feridas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de dezembro de 2023 - 12:39
Prédio atingido pelo ataque
Prédio atingido pelo ataque -

Ataques aéreos russos em diversas cidades da Ucrânia resultaram em pelo menos 18 mortes e 132 feridos nesta sexta-feira (29), conforme informado por autoridades ucranianas, que alertaram para a possibilidade de aumento no número de vítimas.

O governador regional, Sergiy Lisak, comunicou que, na região central do Dnipro, "aproximadamente 15 pessoas ficaram feridas e cinco perderam a vida". Outros relatos de autoridades locais indicaram três mortes em Kiev, a capital do país, duas em Odessa (sul), três em Kharkiv (leste), uma em Lviv (oeste) e quatro em Zaporizhzhia.

Os bombardeios causaram danos a edifícios, incluindo instalações médicas. De acordo com o Kyiv Independent, cerca de 158 mísseis e drones foram utilizados no ataque durante a noite. Yurii Ihnat, porta-voz da Força Aérea ucraniana, destacou que um ataque dessa magnitude "não era visto há muito tempo".


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O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que a maioria dos mísseis russos foi interceptada e que haverá uma resposta ao "ataque terrorista". Andrii Kostin, procurador-geral ucraniano, informou que duas crianças de 6 e 8 anos estão entre as vítimas fatais.

"Neste dia, a Rússia empregou praticamente todos os tipos de armas de seu arsenal. Ao todo, cerca de 110 mísseis foram disparados contra a Ucrânia, sendo a maioria deles abatida", disse Zelensky na rede X (ex-Twitter).

Serhii Popko, chefe da Administração Militar de Kiev, destacou que diversos prédios residenciais, armazéns, um centro de escritórios, uma residência e uma estação de metrô foram danificados em diferentes bairros. Ele ressaltou que mais de 30 alvos aéreos foram abatidos pela defesa aérea ucraniana na capital.

Retaliação 

O ataque ocorreu três dias após Moscou admitir que o navio "Novocherkassk" foi danificado devido a um bombardeio ucraniano em Feodosia, na península anexada da Crimeia. Nesta semana, o Exército ucraniano anunciou uma retirada para os subúrbios de Marinka, cidade no leste do país, onde o Exército russo afirma ter conquistado.

Na última quarta-feira (27), os Estados Unidos anunciaram um desembolso de 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais na cotação atual) em ajuda militar à Ucrânia, sendo o mais recente pacote de apoio disponível ao governo sem a necessidade de aprovação do Congresso.

"Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para fortalecer nosso escudo aéreo, mas o mundo precisa perceber que precisamos de mais ajuda e recursos para conter esse terror", acrescentou Yermak no Telegram.

A embaixadora dos Estados Unidos em Kiev, Bridget Brink, reforçou o pedido, afirmando nesta sexta que a Ucrânia necessita "dos fundos de ajuda neste momento". Nesse sentido, pressionou para que o Congresso americano valide o pacote anunciado pelo Executivo americano.

"A Ucrânia precisa desesperadamente de fundos de ajuda para continuar lutando pela liberdade diante de tanto horror em 2024", afirmou Brink na rede social X, poucas horas após os bombardeios russos.

Os ataques desta sexta-feira ilustram "a terrível realidade" vivida pelos ucranianos, denunciou Denise Brown, coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, destacando "uma onda de ataques cheios de ódio". O governo francês, por sua vez, condenou a "estratégia de terror" da Rússia.

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