Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1937 | Euro R$ 5,5292
Search

MP abre inquérito para apurar ausência de ônibus em Camboinhas

Prefeitura de Niterói informou que não há previsão de linhas de ônibus no bairro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de setembro de 2023 - 17:30
Moradores não concordam com entrada de ônibus no bairro
Moradores não concordam com entrada de ônibus no bairro -

O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou um inquérito civil para apurar a ausência de uma linha regular de ônibus no bairro de Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói. A investigação foi iniciada após uma denúncia anônima à ouvidora do órgão. Mas a Prefeitura já anunciou que não há uma previsão para mudanças na estrutura de transporte público do bairro.

O inquérito tramita na Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte de Niterói, desde janeiro deste ano, e, segundo o MP, a promotoria solicitou informações à Prefeitura de Niterói, que respondeu, na semana passada, que realizaria uma reunião com a associação de moradores do bairro.


Leia também:

Na chegada da Primavera, praias do Rio e Niterói estão próprias para o banho

Moradores da Região Oceânica de Niterói relatam aumento da sensação de insegurança 


De fato a reunião foi realizada nessa terça-feira (26), na sede da SOPRECAM, a Sociedade Pró Preservação Urbanística e Ecológica de Camboinhas. De acordo com a associação de moradores, o encontro foi solicitado pela Prefeitura de Niterói e contou com a presença do administrador da Região Oceânica, Binho Guimarães, o secretário de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier e a procuradora do Município Karina Diniz, além da diretoria da SOPRECAM e os moradores. 

"Segundo a procuradora, Karina Diniz, a reunião desta terça-feira teve como principal objetivo documentar a opinião dos moradores e embasar a resposta do Município ao MP, que, de acordo com Binho Guimarães e Renato Barandier, também não é a favor da circulação de ônibus em Camboinhas", disse a associação em nota. "A Prefeitura esclareceu que não tem planos de implementar linhas de ônibus que passem por dentro do bairro", completou.

Em enquete feita pela SOPRECAM nas redes sociais para compreender a opinião dos moradores, a maioria dos moradores se posicionou discordando da entrada de ônibus em Camboinhas. O presidente e o vice-presidente da associação, Paulo Roberto Pilotto e Mario Rocha, reforçaram que eles estão com os moradores e não querem a circulação de coletivos no bairro.

A sociedade que representa os moradores de Camboinhas também afirmou que vai encaminhar toda a documentação referente à reunião para a Prefeitura, para que ela possa utilizá-la na resposta ao Ministério Público, que deve ser encaminhada pelo Município até o dia 4 de outubro.

Apesar da maioria dos moradores serem contra a implementação de transporte público no bairro, nas redes sociais há quem discorde desse posicionamento.

"Camboinhas virou condomínio fechado? Deveria ter ônibus como qualquer praia e local de Niterói", escreveu um internauta. "Caminho ali na estrada até lá dentro a pé há mais de 20 anos e não vejo ninguém se importando com os trabalhadores que sofrem tanto", declarou outra usuária de uma rede social.

De acordo com a Prefeitura de Niterói, não há previsão de linhas de ônibus no interior do bairro. A gestão informou que ficou evidenciada, na reunião, a contrariedade dos moradores à colocação de uma linha regular de ônibus no bairro, pois, além de alegarem falta de estrutura por se tratar de um bairro exclusivamente residencial, também alertaram para as áreas de preservação ambiental no entorno.

"A Prefeitura de Niterói vem investindo na mobilidade urbana local através da integração entre os modais. Em razão disso, o bairro de Camboinhas vem recebendo investimentos na ampliação de seu sistema cicloviário. Com a obra da nova rotatória, o bairro também vai ganhar um bicicletário na estação de transporte que será implantada e que vai interligar com os ônibus que circulam pela Avenida Almirante Tamandaré", disse a prefeitura.

Em nota, o MPRJ comunicou que o inquérito civil encontra-se em análise para avaliação das medidas necessárias para o seu prosseguimento.

Matérias Relacionadas