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Manifestação em frente à Câmara de Vereadores de Niterói pede paz nas favelas da cidade

Estiveram presentes no ato lideranças do Cavalão, Engenhoca, Sítio de Ferro e Preventório

relogio min de leitura | Escrito por Maria Clara Machado | 12 de abril de 2023 - 12:59
Como sinal de paz,  os moradores compareceram vestindo roupas brancas
Como sinal de paz, os moradores compareceram vestindo roupas brancas -

Moradores de diferentes comunidades da cidade de Niterói se reuniram na manhã desta quarta-feira (12) para realizar uma passeata pacífica contra a morte de jovens negros pela Polícia Militar nas favelas da região. O ato inicial aconteceu às 10h, em frente à Câmara de Vereadores de Niterói, e os manifestantes caminharam até as barcas.

Como sinal de paz, os moradores compareceram vestindo roupas brancas e segurando cartazes com nomes de pessoas mortas durante operações em favelas de Niterói e de todo o estado do Rio.

A manifestação pede pela adoção do uso de câmeras nos uniformes policiais e nas viaturas da PM, além do fim do uso indiscriminado dos chamados autos de resistência, quando um policial mata um suspeito e alega legítima defesa, nas comunidades.

"Nós estamos representando aqui todas as comunidades de Niterói que estão sendo vítimas de massacres policiais constantemente. O morador da favela quer ter seu direito de ir e vir, ele também paga imposto como todos os outros", desabafou Cláudia Alexandre, que é moradora da Engenhoca e presidente da Associação de Familiares Amigos de Presos e Egressos (AFAPE).

Também estiveram presentes no ato lideranças do Cavalão, Engenhoca, Sítio de Ferro e Preventório, familiares de vítimas e o vereador de Niterói pelo Partido dos Trabalhadores, Anderson Pipico. 

"Meu genro e outros jovens foram mortos e tudo o que eles falam é que foi auto de resistência, que a pessoa tinha passagem pela polícia. E quem tem passagem pela polícia merece morrer? Não existe pena de morte no Brasil, não queremos mais sangue preto sendo derramado. A carne mais barata é a carne negra", disse Cláudia, durante o ato.

Cláudia é sogra de Matheus Bruno, jovem de 23 anos que foi morto pela Polícia Militar em dezembro do último ano, durante uma operação na Comunidade do Otto, na Engenhoca. 

Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas*

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