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Dia Mundial de combate à Meningite reforça a importância da imunização

Baixa cobertura vacinal preocupa especialistas

Escrito por Redação | 22 de abril de 2022 - 19:44
Meningite
Meningite -

Vinte e quatro de abril é o Dia Mundial do Combate à Meningite. Data que reforça a importância de conscientizar a população sobre essa grave doença infectocontagiosa, causada por vírus, bactéria ou fungo. A mais preocupante é a meningite bacteriana, principalmente a meningocócica que, junto com a pneumocócica, é considerada uma das formas mais graves da doença. Mas a boa notícia é que existe vacina para as meningites causadas por bactérias, porém, a baixa cobertura na imunização dos últimos anos preocupa especialistas.

O que ocorre é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, que pode gerar sequelas cerebrais e físicas, podendo levar a morte. Entre os principais sintomas das meningites bacterianas, que tem como agentes causadores as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos, são mal-estar, febre alta, vômitos, dor de cabeça forte e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. É uma doença contagiosa, e a transmissão ocorre por via respiratória de indivíduo para indivíduo, por meio de gotículas de secreção do nariz e da garganta ao falar ou tossir.

Todas as faixas etárias podem ser acometidas pela doença, porém o maior risco de adoecimento está entre as crianças menores de cinco anos, especialmente as que têm menos de um ano de idade. A doença tem cura, mas o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento e diminuição das sequelas. Porém, a imunização ainda é a melhor forma de evitá-la. Dessa forma, manter a carteira de vacinação em dia é essencial.  

“Com a redução de casos de covid-19 e a diminuição do uso de máscaras em alguns ambientes, é muito importante lembrar que a meningite é transmitida por via respiratória. Estar vacinado contra uma doença que pode ser tão grave é fundamental”, reforça a infectologista do Exame Medicina Diagnóstica/Dasa, Maria Isabel de Moraes Pinto.

A infectologista explica também sobre as formas bacterianas da meningite que possuem vacinas. Confira:

BCG: Vacina aplicada nos primeiros dias de vida contra a tuberculose. Uma das funções do imunizante, que deixa uma marquinha no braço na maioria das pessoas para o resto da vida, é a de proteger da meningite tuberculosa. A especialista ressalta que a proteção com esta vacina é especialmente importante nos primeiros dois anos de vida, quando é mais comum a criança desenvolver meningite tuberculosa. Segundo ela, não é necessário repetir a dose.  

Haemophilus influenzae tipo b: A imunização contra o Haemophilus influenzae tipo b (Hib) está presente nas vacinas Hexavalente, Pentavalente, que são administradas aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. De acordo com a infectologista Maria Isabel, essa bactéria costumava causar meningite em crianças pequenas, mas com a introdução da vacina em 1998, os casos diminuíram.  

Pneumocócica – Também aplicada nos primeiros meses de vida. Protege contra as formas invasivas de pneumococo, como a meningite pneumocócica e a infecção generalizada. “O imunizante é encontrado na rede pública pelo nome de vacina pneumocócica 10-valente. A aplicação é feita em duas doses, com um reforço após a criança completar um ano. Na rede privada, a vacina é conhecida por vacina pneumocócica 13-valente e são três doses: aos dois, quatro e seis meses de vida, com um reforço após um ano de idade”, ressalta Maria Isabel.

Meningite meningocócica C – Bebês entre três e seis meses de vida devem receber a imunização contra a meningite bacteriana com um reforço depois de um ano de idade. “Desde o ano passado, foi introduzida a vacina ACWY na adolescência, entre 11 anos e 12 anos na rede pública. Esta imunização vai proteger contra os sorogrupos de meningite A, C, W e Y. Na rede privada, esta vacina é aplicada desde os primeiros meses de idade, com um reforço acima de um ano, outra dose com 5 anos e mais uma aplicação na adolescência”, afirma Maria Isabel. A infectologista ainda aponta que somente na rede privada é encontrada a vacina Meningocócica B, aplicada entre três e cinco meses de idade, com um reforço entre 12 e 15 meses.

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