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Manifestantes pedem revogação da prisão de Caio Telles em São Gonçalo

Ato pacífico aconteceu nesta manhã (07)

relogio min de leitura | Escrito por Renata Sena | 07 de março de 2022 - 14:28
Caio Telles, 20 anos
Caio Telles, 20 anos -

Familiares, amigos e integrantes de associações e grupos de direitos humanos, se reuniram, na manhã desta segunda-feira (07), em frente ao Fórum, do Colubandê, em São Gonçalo, num ato pacífico para pedir que a prisão do Caio Telles Guimarães, de 20 anos, seja revogada. 

Caio, que é ex-cadete do Exército, foi preso no dia 22 de fevereiro, depois de ter sido reconhecido como autor de um roubo de uma motocicleta. Contudo, segundo imagens de câmeras de seguranças, Caio estava dentro de casa no momento em que o roubo ocorreu. 

A prisão aconteceu no meio da rua, sem que nenhum objeto roubado tivesse sido encontrado com o acusado. Ainda assim, ele foi acusado e preso em flagrante. 

Desde então a mãe do jovem, a aposentada e estudante universitária Rosângela Telles, está tentando provar a inocência do filho

"Hoje nós nos reunimos aqui justamente para mostrar que o Caio não está sozinho. Essas pessoas que estão aqui não representam um terço de quem queria estar conosco, nós apoiando. Mas, sabemos que todos têm compromissos e muitos não puderam estar aqui fisicamente. Mas, sinceramente? Eu não esperava nada diferente. Sempre tivemos uma conduta exemplar, reta. Meu filho nasceu e foi criado na mesma casa, todo mundo conhece ele. Todo mundo conhece minha família.  Até quando ser preto será um problema no Brasil? Ele foi preso, outros são mortos! Não estamos seguros nunca. Toda hora uma notícia diferente de uma barbárie, um crime. Meu filho é inocente e a gente tem como provar", disse Rosângela, que a todo momento era procurada por outras mães que foram a manifestação abraçá-la. 

"Eu tenho filhos pretos e morro de medo todos os dias. Estamos com você nessa", disse uma mulher, enquanto abraçava a mãe do Caio. 

O ato foi marcado no Fórum do Colubandê, local onde o advogado da família vai entrar com o pedido de revogação da prisão. 

Políticos da região estiveram presentes no encontro, assim como membros de organizações não governamentais. A comissão de direitos humanos da Alerj também foi ao local e ofereceu ajuda psicossocial para o Caio e seus familiares.

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