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Príncipe Andrew é processado nos EUA acusado de abuso sexual de menor de idade

Os abusos ocorreram entre 2000 e 2002 quando a vítima tinha 16 anos

Escrito por Redação | 10 de agosto de 2021 - 14:28
Virginia Giuffre (na época Roberts) foi fotografada com o príncipe Andrew em Londres em 2001
Virginia Giuffre (na época Roberts) foi fotografada com o príncipe Andrew em Londres em 2001 -

Nesta segunda-feira(9), Virginia Giuffre abriu um processo contra o membro da realeza, afirmando que ele a agrediu sexualmente quando ela tinha 17 anos. A ABC News confirmou a informação, depois de consultar os registros do tribunal federal de Nova York. 

O processo é aberto dois anos após a morte de Jeffrey Epstein, que aguardava julgamento em uma prisão da cidade norte-americana. "A vítima está empenhada em tentar evitar situações em que pessoas ricas e poderosas escapem de qualquer responsabilidade por suas ações", disse o advogado David Boies em entrevista à emissora.

Os abusos ocorreram entre 2000 e 2002, quando a Virginia tinha 16 anos, por meio da extensa rede de tráfico sexual que levou Epstein a ser preso. O financista cometeu suicídio em uma prisão de Manhattan, no verão de 2019. 

Perguntado sobre as acusações de Giuffre em 2019, o príncipe Andrew disse que elas nunca aconteceram.

"Não aconteceu. Posso dizer categoricamente que nunca aconteceu. Não me lembro de alguma vez ter conhecido essa senhora", disse ele ao programa BBC Newsnight. Epstein se suicidou aos 66 anos em uma prisão federal em Manhattan em agosto desse mesmo ano, um mês depois de ser preso por tráfico sexual.

Em comunicado, Giuffre confirmou as palavras do advogado e disse que o processo esta sob a guarda da Lei das vitimas na infância. Além das acusações de agressão sexual, a ação ainda afirma que a mulher foi traficada para o príncipe. "Estou responsabilizando o príncipe Andrew pelo que fez comigo. Os poderosos e ricos não estão insetos de serem responsabilizados por suas ações. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver em silencio e medo, mas recuperar a própria vida falando e exigindo justiça", explicou. 

"Não tomei essa decisão levianamente. Como mãe e esposa, minha família vem em primeiro lugar e eu sei que esta ação me sujeitará a mais ataques pelo príncipe Andrew e as pessoas ao seu redor. Mas eu sabia que se não prosseguisse com essa ação, eu desapontaria vítimas em todos os lugares", acrescentou. No ano passado, documentos escritos por Virginia sobre o período em que foi escravizadas sexualmente por Epstein e sua cúmplice, Ghislaine Maxwell, vieram à tona. Segundo ela, quando tinha de 17 para 18 anos, Maxwell a enviou para o rancho de Epstein, onde passou dois dias a sós com o duque de York, que tinha 41 anos na época. 

Jeffrey Epstein era amigo do filho de Elizabeth 2. 

Em junho de 2020, o promotor federal de Manhattan Geoffrey Berman, que ainda estava encarregado da investigação, acusou o príncipe Andrew de fingir cooperar com os tribunais. O processo está em aberto e não há mais nenhuma informação a respeito mas todo o caso configura uma forte crise na monarquia britânica pelo momento recente que viveram sobre acusações mais recentes de racismo envolvendo Meghan Markle

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