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Gestante gonçalense morre vítima de coronavírus em Niterói; bebê passa bem

O filho de Marcella, o pequeno Luis Felipe, sobreviveu

Escrito por Ana Carolina Moraes | 20 de abril de 2021 - 12:37
Marcella era uma jovem sorridente e cheia de vida
Marcella era uma jovem sorridente e cheia de vida -

Mais uma jovem cheia de sonhos e construindo sua família teve sua vida interrompida por causa do novo coronavírus na noite da última segunda-feira (19). A gonçalense Marcella Patrizzi, de 30 anos, estava grávida de sete meses quando começou a sentir os sintomas do coronavírus e, no dia 30 de março, deu entrada em um hospital de Niterói. Na época, ela foi internada e os médicos descobriram que ela já estava com 50% de seu pulmão comprometido. Ontem (19), a família recebeu a notícia de que ela havia falecido em um hospital. O menino que ela estava carregando em sua barriga, o pequeno Luis Felipe, sobreviveu e se encontra no hospital por ter nascido prematuro. Marcella também era mãe de Brayan, de 9 anos.

Marcella, que era uma mulher cheia de vida e sorridente, começou a se sentir mal e a ter muita tosse no final de março. A empresária, então, foi até o hospital e lá os médicos a informaram de que 50% do pulmão dela estava comprometido por causa do coronavírus. Grávida de 7 meses, a jovem começou a se preocupar com o futuro do bebê que esperava. "Os médicos tiveram que fazer uma cesária nela e o filho dela nasceu no dia 01 de abril", contou a tia dela, Rita Patrizzi. 

 

Após o nascimento do pequeno Luis Felipe, toda a família da vítima sentia esperança de que ela conseguiria se recuperar e sair dessa. As orações estavam fortes, mas, mesmo assim, ela infelizmente veio a óbito.

"Todos nós estamos arrasados. O filho dela de nove anos soube da notícia e ficou muito mal, está chorando. A mãe dela está aos gritos, "jogada no chão". Todos nós estamos muito abalados", disse a tia Rita. 

No dia 15 de março, o Ministério da Saúde postou novas orientações onde recomendavam que apenas mulheres grávidas com alguma doença pré-existente, como diabetes, doenças cardiovasculares e outras, tivesse prioridade na vacinação contra o coronavírus. Já as grávidas sem comorbidades só poderiam ser vacinadas após uma avaliação de riscos e benefícios por parte dos médicos. 

Na época, o Ministério da Saúde informou ao G1 que: "gestantes, puérperas e lactantes podem se vacinar contra a Covid-19 no Brasil, desde que pertençam a um dos grupos prioritários, especialmente se tiverem alguma comorbidade. Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que tem como base estudos nacionais e internacionais que avaliaram os riscos e os benefícios de imunizar mulheres nessas condições". 

"Com certeza, se a minha sobrinha tivesse sido vacinada, ela estaria viva aqui com a gente. Marcella não possuía nenhuma doença pré-existente", afirmou Rita sobre a nova portaria do governo. Agora, a família vai buscar se reestruturar para cuidar dos dois filhos e do legado de Marcella. O sepultamento da jovem está marcado para hoje (20), às 14h, no Memorial Parque Nycteroy, no Laranjal.

 

Esse não foi o primeiro sentimento de luta que a família de Marcella passou nos últimos anos. Em setembro de 2019, o irmão de Marcella, o policial militar Felipe Brasileiro Pinheiro, na época com 34 anos, morreu após ser baleado no peito em uma operação no Complexo do Alemão. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu. Ele atuava no Grupo de Intervenção Tática da Unidade de Polícia Pacificadora do Alemão.

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