Tati Machado fala pela primeira vez após perder bebê: "Levo no coração uma ferida acesa''
Apresentadora estava grávida de 33 semanas quando percebeu ausência de movimentos do filho

A apresentadora Tati Machado, de 33 anos de idade, falou pela primeira vez após perder um bebê. Ela estava grávida de 33 semanas de Rael, fruto do relacionamento com o marido Bruno Monteiro. No dia 12 de maio, ela percebeu a ausência dos movimentos do bebê e exames médicos confirmaram a parada dos batimentos cardíacos do feto.
Nesta segunda-feira a apresentadora falou sobre o momento e afirmou que "leva no coração uma ferida acesa, daquelas inexplicáveis mesmo". Tati disse que, nunca tinha experimentado uma felicidade tão grande, mas agora também conheceu sua maior tristeza.
"Com ela trago perguntas, muitas por sinal. E de resposta: o silêncio. O mistério da vida. E eu, que sempre estive no controle, me perco, me descontrolo. E agora a única certeza que tenho é que jamais serei a mesma. Tudo dói, tudo! Dói pra respirar e dói pra viver. Eu acordo e tudo de novo. Isso quando durmo. Eu nunca tinha experimentado uma felicidade tão grande e olha que eu sou daquelas que todo mundo fala: 'Essa daí é feliz'. Mas acreditem, eu nunca tinha sido tão feliz na vida. Eu tava pronta! Só que ao invés da plenitude fui afrontada com a maior tristeza que também já senti, daquelas que vem do fundo da alma."
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Tati relatou sobre a dor, do primeiro encontro com Rael também ter sido o último. "Foi o primeiro encontro mais cheio de amor que eu poderia desejar naquele momento. Eu e Bruno formamos mesmo a melhor dupla do mundo. E eu só fiz confirmar nas horas de trabalho de parto em que a gente, de mãos dadas, entre uma contração e outra, se olhava e dizia que consegquiríamos juntos ressignificar aquilo tudo. E conseguimos."
"Rael era a melhor mistura de Tati e Bruno. A mistura do nosso amor que, durante os últimos oito meses, só fez crescer. Ele nasceu perfeito, grandão que nem o pai, como já esperávamos. Só não vou poder saber se o meu maior desejo se realizaria. A cara do pai, mas com a personalidade da mamãe. Me resta seguir sonhando como a sonhadora que sempre fui. Mas como que sonha diante do pesadelo de perder um filho?", questionou.
"A gente volta pra casa no vazio. O gps ainda guarda no histórico o endereço da obstetra, do laboratório… A música que toca na playlist é a que sempre nos acompanhava. As roupas no varal são aquelas mais confortáveis, afinal, nada cabia mais. Na cama, o travesseiro de grávida. No banheiro, o creme que fazia parte do ritual pós banho. As vitaminas, as roupinhas pra lavar, o quarto pra arrumar, o cheirinho de bebê que já tinha dominado tudo… tava tudo lá."
Tati aproveitou para se declarar para o filho e afirmou que "esse amor surreal nasceu antes do primeiro choro e vai viver mesmo depois do seu último suspiro. A maternidade que conquistei jamais sairá do meu coração. E eu repito isso incansáveis vezes por dia para lembrar que eu sou mãe, pra ressignificar o tempo tão curto que estivemos juntos, mas tempo transformador", escreveu.