Craque na base do Fluminense, Robert larga o futebol e começa carreira no pagode
O ex-jogador faz seu primeiro show neste sábado (10), no Beach Club, em Niterói

Robert Gonçalves Santos é um nome conhecido para a torcida do Fluminense. Desde muito novo, Robert era visto como uma joia de Xerém e era cercado de expectativas para se tornar um craque Tricolor, mas o jovem de 28 anos passou por diversos percalços em sua carreira e decidiu trocar a chuteira e os gramados pelo palco e um cavaquinho. Ao ge, o agora ex-jogador falou sobre o passado e o futuro.
Na década passada, Robert era visto como a principal revelação da base tricolor. Ele foi campeão sul-americano com a seleção sub-15, disputou o sul-americano sub-17 e em 2012, assinou seu primeiro contrato profissional, que tinha uma multa rescisória no valor de R$ 190 milhões.
No fim de 2015, o jogador foi contratado por empréstimo para atuar no Barcelona B, mas não teve muitas oportunidades e jogou apenas uma partida oficial. "Tiveram inúmeras coisas que aconteceram dentro desse processo, e eu não vou saber numerar as coisas para você, nem para todo mundo que tem curiosidade em saber disso. Mas foram coisas que não deixaram meu talento fluir. E não tinha como expor isso para todo mundo dentro do Fluminense em número de jogos. Mas também estou tranquilo quanto a isso. Essa fase já passou, hoje eu sou um novo cara de novos projetos, novos sonhos. E acho que o que ficou de ruim e de negativo ficou no passado", disse Robert.
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Sem conseguir se firmar no profissional do Fluminense ou do Barcelona, Robert acumulou empréstimos por alguns clubes de menor investimento e, em 2017, o vínculo do atleta com o Tricolor chegou ao fim, com ele sendo demitido por mensagem de WhatsApp, aos 21 anos de idade. Diante de tanta expectativa devido os lances que ele fazia na base, o jogador acumulou apenas 13 jogos no profissional do Fluminense.
Antes de decidir se aposentar, Robert ainda passou por clubes como Boavista, Portuguesa e Náutico, sem ter muito sucesso. "Eu acho que eu não faria nada diferente, não tenho nenhum arrependimento, e me sinto realizado com tudo que eu vivi no futebol, sabe? Acho que a gente tem que agradecer sempre, acima de tudo, porque Deus dá um caminho", afirmou.
"Eu sempre quis fazer isso (dedicar ao pagode), mas eu ainda estava com a cabeça no futebol. Quando eu jogava, já gostava muito de pagode. Sempre tive por perto muita gente que gostava de pagode. Sempre envolve o futebol com pagode, isso é de praxe, mas eu sempre gostei de cantar também, sempre gostei de saber as notas dos instrumentos, das coisas, e acabei gostando e aprendendo. Com isso, fui tendo esse amor maior pela música".
"A decisão veio depois de muitos anos jogando. Desde pequeno, eu achava que tinha que tomar outro rumo na vida porque eu não estava mais gostando de fazer aquilo que os outros queriam que eu fizesse, sabe? Eu estava sentindo que os outros estavam querendo controlar mais minha vida e do que eu. E eu já tinha outras vontades, sabe? Já não era meu amor mais jogar futebol, como era há 10 anos, quando eu surgi", disse o ex-jogador.
"Meu maior sonho de vida é conquistar meus objetivos com a música. Ter uma família perto de mim e ter meu filho perto, ter meu filho bem, ter minha mãe bem, meus pais bem e nunca deixar faltar nada para eles, porque meu maior objetivo sempre é viver em paz", finalizou.
Dando o passe inicial em sua nova carreira, Robert realiza seu primeiro show solo neste sábado (10), no Beach Club, em Niterói, a partir das 21h.



