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Crítica OSG | 'Quarteto Fantástico : Primeiros Passos' não é fantástico, mas inova, sem vergonha de ser um filme de super-heróis

A quarta adaptação do Quarteto Fantástico chega aos cinemas nesta quinta-feira (24)

relogio min de leitura | Escrito por Enzo Britto | 23 de julho de 2025 - 23:42
Nova adaptação do Quarteto Fantástico chega aos cinemas nesta quinta-feira (24)
Nova adaptação do Quarteto Fantástico chega aos cinemas nesta quinta-feira (24) -

O SÃO GONÇALO foi convidado pela Disney para assistir a uma sessão antecipada do novo filme do MCU, 'Quarteto Fantástico: Primeiros passos'. O longa é dirigido por Matt Shakman (Wandavision) e estrelado por Pedro Pascal (Reed Richards), Vanessa Kirby (Sue Storm), Joseph Quinn (Johnny Storm) e Ebon Moss-Bachrach (Ben Grimm), com data de lançamento marcada para esta quinta-feira (24).

A trama do filme acontece em volta do Quarteto Fantástico sendo obrigado a escolher entre salvar o planeta Terra ou entregar Franklin, filho de Sue e Reed, para a entidade cósmica e devorador de mundos, Galactus.


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Para quem não conhece o grupo, o Quarteto é uma família de cientistas que, em uma viagem espacial, foi atingida por uma tempestade cósmica e, na volta à Terra, descobriram superpoderes. Reed Richards, o Senhor Fantástico, possui a habilidade de se esticar; Sue Storm, a Mulher Invisível, consegue criar campos de força e ficar invisível; Johnny Storm, o Tocha Humana, tem a capacidade transformar seu corpo em chamas; e Benn Grimm, o Coisa, que teve sua pele transformada em rochas.

No longa, o Quarteto era fantástico desde antes dos seus super-poderes, e nesse universo foram os primeiros da história a ir ao espaço. Depois, com as habilidades, viraram protetores do mundo e celebridades cultuadas, usando essa fama não só para combater os vilões, como também melhorar o planeta com educação e exercer um papel diplomático na política mundial.

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A construção desse cenário e dessa família é feita toda na introdução do filme, que foge dos tradicionais flashbacks e utiliza gravações de uma emissora dentro do filme, - os canais de televisão são usados durante todo o filme para atualizar e explicar o contexto do filme para o espectador - com uma retrospectiva em comemoração aos quatro anos desde a primeira aparição do grupo. A narrativa segue a partir disso e da decisão crucial citada anteriormente, trazendo uma história que não inventa a roda, porém inova nas soluções e nos cenários explorados, foca no simples e essa é sua grande virtude e seu grande problema.

O filme se prende nessa simplicidade e nessa caixa, não se arrisca e não quer ser mais que um bom filme, apesar de contar com personagens carismáticos, cheios de individualidades e um ótimo tom aventuresco para a história.

A dinâmica familiar do grupo faz o espectador se sentir o quinto membro.
A dinâmica familiar do grupo faz o espectador se sentir o quinto membro. |  Foto: Divulgação/Disney

A interação entre essa família é muito acertada. Cada um tem seu espaço para brilhar e as dinâmicas entre membros é variada e cotidiana, desde as conversas mais íntimas sobre medos e preocupações, até piadas e assuntos científicos complexos porém entendíveis dado o contexto, fazendo o espectador se sentir parte da família, criando vínculo e empatia aos protagonistas.

O grande destaque aqui é para o carismático Johnny Storm, que sai do arquétipo do galanteador cafajeste e mantém seu charme e usa dele para impulsionar a história e as ações, se mostra atento e carinhoso por baixo de tanto fogo. A Mulher Invisível também rouba a cena sendo líder, a voz da razão e a mais poderosa do grupo, isso tudo enquanto lida com uma gravidez sem saber se a criança será super ou não. Reed e Ben têm menos destaque, porém são bem executados, com Reed e seu jeito metódico - cheio de nuances impulsionadas por Pedro Pascal - ao lidar com a gravidez de sua esposa e toda a pressão de ser o salvador do mundo, enquanto Ben funciona fortemente para a comédia do filme e tem um arco mais intimista, envolta de sua nostalgia aos tempos onde era de carne e osso.

A dupla de vilões rouba a cena em todas as suas aparições.
A dupla de vilões rouba a cena em todas as suas aparições. |  Foto: Divulgação/Disney

O núcleo de antagonistas, apesar de aparecer pouco, também é um grande acerto do filme. É a primeira vez que o Galactus (com a captura de movimentos e dublagem de Ralph Ineson) é adaptado de maneira imponente e ameaçadora, enquanto a Surfista Prateada (Julia Garner) é avassaladora e implacável nas cenas de ação e no drama da personagem.

A imersão nesse mundo é potencializada pela estética retrofuturista muito bem utilizada. O filme se passa em uma versão alternativa, que se passa nos anos 60, utiliza da imaginação do que seria a tecnologia do futuro na época e traz para a realidade; carros voadores, robôs autônomos, pulseiras com alerta de perigo e uma vitrola cheia de mecanismos para tocar um simples disco de vinil. Todos esses aparatos, além de todas as semelhanças com a beatlemania e os produtos da época, como placas de publicidade e desenhos animados, são pequenos pedaços para formar esse visual único do filme.

O cenário de televisão foi inspirado na primeira apresentação dos Beatles nos Estados Unidos em 1965
O cenário de televisão foi inspirado na primeira apresentação dos Beatles nos Estados Unidos em 1965 |  Foto: Divulgação/Disney

Algo que complementa essa estética são os efeitos especiais que só falham no bebê Franklin e uma cena ou outra transicionado do CGI para o real. A direção nas cenas de ação é impressionante, com a câmera acompanhando sem cortes as ações como um chute ou uma decolagem, os poderes de elasticidade do Sr. Fantástico, os campos de força da Mulher Invisível e o Tocha Humana quando está em chamas no corpo todo ou simplesmente para iluminar um cenário com apenas a sua mão. Todas as cenas da Surfista Prateada são excelentes, dos efeitos de reflexo pelo corpo prateado até os efeitos sonoros da prancha enquanto surfa em diferentes ambientes, como no espaço ou até mesmo na cidade. Num geral o som do filme é muito bem feito, todas as interações com o Coisa tem de fato efeitos que você sente o atrito das rochas, como a cena em que ele cozinha no trailer.

Quarteto Fantástico é um filme que chega no tempo certo aos cinemas, usa dessa ambientação fora do comum e de seus atores fora da curva para entregar a primeira boa adaptação do primeiro grupo de super heróis dos quadrinhos. Porém, apesar de entregar uma história redonda e sem muita complexidade, acaba não tendo a ambição de trabalhar um enredo que tinha muitas possibilidades, mostrando certo desleixo e previsibilidade em suas decisões, principalmente enquanto caminha para sua conclusão. É um filme que é interessante e entrega um bom resultado, mas que faltou apetite para ser excepcional, fantástico.

NOTA : ★★★★☆

FICHA TÉCNICA :

Nova adaptação do Quarteto Fantástico chega aos cinemas nesta quinta-feira (24)
Nova adaptação do Quarteto Fantástico chega aos cinemas nesta quinta-feira (24) |  Foto: Divulgação/Disney

DURAÇÃO : 115 minutos

DIREÇÃO : Matt Shakman

ROTEIRO : Eric Pearson, Josh Friedman, Ian Springer, Jeff Kaplan

PRODUÇÃO : Kevin Feige

ELENCO :

Pedro Pascal

Vanessa Kirby

Joseph Quinn

Ebon Moss-Bachrach

Ralph Ineson

Julia Garner

Lançamento : 24/07/2025

Distribuição : Walt Disney Studios Motion Pictures

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