Reboots, remakes e o poder da nostalgia: Estamos com saudade ou preguiça de novidade?
Sucesso dos remakes revela o apelo da nostalgia e a falta de espaço para o novo.

Atualmente os Reboots, remakes e continuações dominam o entretenimento, mas será que estamos revivendo clássicos por amor ou por falta de novidade?
Se você anda com a sensação de que tudo que está passando no cinema ou nos streamings já foi lançado antes, você não está sozinho. De Harry Potter a Rebelde, de Shrek 5 a mais um live-action da Disney, ou filmes como Wicked que foi um sucesso, o entretenimento parece estar preso em um looping, e isso tem nome: nostalgia.
Em 2025, essa tendência só cresceu, o que antes era uma ou outra releitura, agora virou estratégia principal dos grandes estúdios e plataformas. Mas por que a gente continua assistindo, mesmo já sabendo o final?
A nostalgia vende, e muito! Ela mexe com a gente porque ativa memórias afetivas, traz sensação de conforto e resgata aquela fase boa da vida, especialmente a infância. Os estúdios sabem disso, e usam essa conexão como uma arma para atrair o público.
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Uma análise do site Cordwainer Productions explica que a nostalgia virou uma das maiores moedas de troca no entretenimento atual. Funciona como uma ponte em gerações, quem já conhece, volta. Quem é mais novo, chega com curiosidade.
Apesar de toda essa fórmula que parece dar certo, tem muita gente começando a se incomodar. A nova série de Harry Potter ainda nem estreou, mas já foi alvo de críticas. O mesmo rolou com Shrek 5, que causou polêmica pelo visual dos personagens no trailer. Nas redes, o público começou a questionar: até onde vai essa reciclagem?
Tem reboots que realmente acrescentam algo, como Cruella, Malévola, Wicked, que recontaram clássicos sob uma nova perspectiva. A verdade é que o público também faz parte disso. A gente consome, cometa, compartilha, faz meme, a cultura da nostalgia virou tendência e as empresas seguem o que o público mostra querer.
Revisitar histórias que marcam gerações é algo incrível, principalmente quando é feito com cuidado e propósito. Mas a gente também precisa abrir espaço para novas histórias, novos roteiristas, novas vozes, se tudo vira repetição a magia se perde.