Bienal do Livro Rio 2025: reúne multidão com atrações imersivas e grandes nomes
Evento atraiu milhares de visitantes nos primeiros dias com palestras de Chimamanda, Lázaro Ramos e muitos outros

A Bienal do Livro Rio 2025 começou com força total nesta semana, consolidando-se como uma das edições mais vibrantes e inovadoras de sua história. Realizado no Riocentro, o evento literário apostou em uma programação diversificada que uniu autores consagrados, atrações sensoriais e debates contemporâneos sobre temas como identidade, fé, diversidade e literatura.
Na abertura, o escritor Ruy Castro homenageado da edição destacou a importância do Rio como capital histórica do livro no Brasil, em uma cerimônia que também contou com a presença do prefeito Eduardo Paes. O gestor municipal definiu o evento como “a maior Bienal de todos os tempos”, exaltando o caráter popular e democrático da festa literária.
Um dos momentos mais aguardados do fim de semana foi o encontro entre a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie e a atriz Taís Araújo, no Palco Apoteose. Com público lotado, o painel foi marcado por reflexões sobre representatividade, cultura afro-diaspórica e o papel da literatura na transformação social.
O ator Lázaro Ramos também foi celebrado em um painel especial com leituras dramáticas de suas obras, marcando presença tanto como autor quanto como figura simbólica da cultura negra brasileira. Já no Café Literário, debates com nomes como Pedro Bial, Heloísa Périssé e Lilian Ribeiro abordaram temas como envelhecimento, afeto e futebol.
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Pedro Bial destacou que o futebol é um esporte democrático: “Todo esporte pode ser visto muito além do evento esportivo, não só o futebol. Mas este é muito democrático: você pode ter qualquer tipo físico, qualquer coisa que possa se fazer de bola, e um par de sandália para marcar (simular as traves) o gol”, contou. Ele diz que estes elementos permitem que os torcedores fantasiem: “Se um par de sandálias serve como gol, olha o poder de fantasia [do esporte]”, disse.
Além dos encontros com escritores, à Bienal apostou em experiências imersivas inéditas. A grande novidade deste ano foi o conceito de “book park”, com atrações como uma roda-gigante literária com audiobooks, um labirinto de histórias, um escape room temático e praças interativas. O espaço foi elogiado especialmente por pais e educadores, que viram na proposta uma maneira eficaz de estimular a leitura entre crianças e jovens.

Nos bastidores, as curadoras Thalita Rebouças, Rosane Svartman e Heloiza Daou ressaltaram o esforço de dois anos para montar uma programação plural, capaz de dialogar com diferentes gerações e realidades. O gerente da Bienal, Guilherme Pecly, reforçou o compromisso do evento com inovação, inclusão e formação de novos leitores.
Com mais de 300 mil visitantes esperados apenas na primeira metade da programação, a Bienal do Livro Rio 2025 já se posiciona como uma celebração não apenas da literatura, mas da cultura em suas múltiplas formas de expressão. A feira segue até o dia 22 de junho, com expectativa de receber mais de 600 mil pessoas ao todo.