Marcius Melhem critica encontro de ministra com mulheres que o acusam de assédio
Segundo o humorista, o encontro legitima uma acusação que não foi comprovada
![A ministra vai se reunir com as mulheres para apresentar a construção de um marco normativo para combater o assédio sexual](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Artigo-Destaque/130000/1200x720/marcius-melhem_00133086_0-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F130000%2Fmarcius-melhem_00133086_0.webp%3Fxid%3D516694%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1713814937&xid=516694)
Ex-diretor de humor da Globo, Marcius Melhem publicou em seus stories do Instagram um vídeo onde questiona a atitude da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, de se reunir com atrizes que o acusam de assédio. O encontro acontece na próxima terça-feira. Segundo o humorista, o encontro legitima uma acusação que não foi comprovada.
A ministra vai se reunir com as mulheres para apresentar a construção de um marco normativo para combater o assédio sexual no ambiente de trabalho.
"É óbvio que a ministra recebe quem ela quiser, mas eu preciso alertar para alguns absurdos dessa situação. Primeiro: esse governo sofreu e lutou e alertou contra o pré-julgamento, o abandono da presunção de inocência, e a questão da paridade de armas. [...] Eu não sou nem réu, não existe ação penal contra mim, ainda que ela venha a existir e eu me torne réu ainda não serei culpado, porque não existe trânsito em julgado, sentença, nada. Não existe nada. Existe uma investigação preliminar para averiguar se essas denúncias fazem sentido. E aí sim o Ministério Público vai decidir se eu sou réu", disse, fazendo alusão ao governo de Lula em relação à Operação Lava Jato.
Para o humorista, as mulheres que o acusam têm interesse em desviar a atenção do caso para a causa social contra o assédio. Ele explica que elas têm interesse que o julgamento não aconteça logo.
"Estender um tapete vermelho a essas mulheres legitima uma acusação não comprovada. Isso é uma jogada midiática, uma jogada de pressão política que está querendo gastar toda a energia que poderia estar sendo dispensada para fazer o processo andar, paralisar aqui tudo e ir para a opinião pública para criar uma comoção, um cenário que pressione o Judiciário a arrumar uma desculpa para me acusar. [...] É o único caso em que quem é acusado quer que julgue, e quem acusa, atrasa o processo. Por quê? Porque os autos mostravam que isso teria que ser arquivado", completou.