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Mortes provocam revolta dos moradores e queima de ônibus em Tribobó

Homens morreram em troca de tiros com a PM

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de maio de 2018 - 08:22
Policiais do 7ºBPM e do BPRV reforçaram o patrulhamento para evitar novas ações de vandalismo
Policiais do 7ºBPM e do BPRV reforçaram o patrulhamento para evitar novas ações de vandalismo -

Por Daniela Scaffo e Jéssica Ziehlsdorff

A morte de dois homens na comunidade da Mangueirinha, na terça-feira, durante operação de policiais do 7ºBPM (São Gonçalo), acabou levando moradores daquela região a incendiarem um ônibus da Viação Icaraí, horas após os óbitos, quando o veículo passava na RJ-106, na altura de Tribobó.


Equipes do Corpo de Bombeiros apagaram as chamas, em ação envolvendo também policiais do 7ºBPM (São Gonçalo) e do Batalhão de Polícia Rodoviária da PM (BPRV). O ônibus incendiado fazia a Linha 17B (Maria Paula-Alcântara), da Viação Icaraí, que teve um prejuízo de cerca de R$ 400 mil com a destruição do veículo.

A ação dos vândalos levou equipes de empresas de transporte a suspenderem a circulação de veículos nas regiões do Campo Novo e Tribobó, obrigando dezenas de pessoas a caminhar grandes distâncias em busca de transporte coletivo nas RJs 104 e 106. O comando do 7ºBPM e do BPRV intensificaram o patrulhamento na região para impedir novos ataques.

“Meu filho era um ótimo menino, meu filho mais velho. Mesmo com problema de artrite crônica, ele trabalhava fazendo bicos para ajudar a família. Nunca se envolveu com nada errado”. O discurso foi da mãe de Ronathan Santos Rosa, de 19 anos, um dos dois mortos durante operação de policiais do 7º BPM na Comunidade da Mangueirinha.

Segundo a família, o jovem estava indo buscar uma enxada para fazer serviços de capina, quando acabou sendo atingido pelos disparos da polícia. O local onde Ronathan foi morto é comumente usado pelos traficantes de drogas da região para a venda de entorpecentes.

“Os policiais ainda disseram que meu filho estava com uma mochila com drogas, mas ele não estava com mochila nenhuma, nem com armas”, disse a mãe, que preferiu não se identificar com medo de represálias.

O outro jovem que também foi baleado e acabou não resistindo aos ferimentos, morrendo no local, morava em Tribobó, mas há apenas dois meses.

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