Ex-funcionários do Comperj fazem protesto na Prefeitura de Itaboraí
Homens pedem contratação de mão de obra local para obra

Por Sany Medeiros e Alan Emilliano
Centenas de ex-funcionários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) realizaram um protesto, na manhã de ontem, em frente a sede da Prefeitura de Itaboraí, no Centro da cidade, cobrando um posicionamento sobre a contratação de pessoas de outros estados para a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do complexo. O prefeito Sadinoel Souza atendeu os manifestantes na Praça Marechal Floriano Peixoto e prometeu interceder.
“É inadmissível o que estão fazendo com os moradores de Itaboraí. Temos uma mão de obra qualificada, que está desempregada, e as empresas estão contratando pessoas de outros estados, acabando com a esperança dos moradores de Itaboraí e de cidades vizinhas que aguardavam uma oportunidade de emprego no Comperj”, contou o ex-funcionário Laerte de Souza, de 51 anos.
A retomada das obras foi anunciada, no início do mês passado, através da união entre a Petrobras e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pela empresa chinesa Shandong Kerui Petroleum e pela brasileira Método Potencial, que assinaram um contrato de R$ 1,95 bilhão para a construção da UPGN.
Segundo um outro trabalhador, que preferiu o anonimato, os novos contratados estão dormindo em alojamentos e alguns trabalhadores locais começaram a ser demitidos. “O sindicato (Sinticom) já ficou sabendo das irregularidades, bateu no alojamento da obra e pediu explicações. Em represália, eles começaram a mandar os trabalhadores daqui embora”, disse.
Reunião - No encontro entre o prefeito Sadinoel Souza e os manifestantes, ficou definido que nova reunião com representantes do Ministério Público do Trabalho será agendada, para discutir sobre as contratações e defender que as oportunidades sejam destinadas aos moradores da cidade.
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