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Vigilante quer seu benefício após grave acidente de motocicleta

Dionízio passou por duas cirurgias

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de agosto de 2017 - 09:42
Dionízio fez cirurgias na perna, toma remédios controlados e não tem movimentos dos dedos
Dionízio fez cirurgias na perna, toma remédios controlados e não tem movimentos dos dedos -

Por Marcela Freitas

Após um grave acidente de motocicleta, ocorrido em agosto de 2012, o vigilante Dionízio dos Santos Silva, de 39 anos, viu sua vida mudar completamente. Necessitando de cirurgias para recompor parte de sua tíbia esquerda, ele trabalhava como fiscal de patrimônio em um restaurante. Cinco anos após o acidente, ele foi liberado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para o trabalho, mas afirma que não tem condições.

Foram quase dois anos recebendo o benefício do INSS até que o órgão o liberou para retorno das atividades. Com problemas de locomoção, Dionízio entrou com um processo na Justiça Federal, onde foi decidido que o INSS só poderia dar alta para ele se oferecesse um emprego onde o gonçalense fosse trabalhar sentado, além de cursos de capacitação. Com isso, ele foi reinserido e voltou a receber o benefício em 2016.

Em março deste ano, o vigilante recebeu carta do INSS pedindo que ele realizasse nova perícia para manutenção de seu benefício. E para surpresa do segurado, o perito alegou que, apesar dele ter dificuldade de locomoção, sentir dores na perna, andar mancando e sofrer de epilepsia, está apto a trabalhar como vigilante.

“Quando vi o laudo não acreditei. O médico, em menos de 10 minutos de consulta, viu a seriedade da minha lesão e os comprometimentos neurológicos que tenho, já que todo esse problema me acarretou um quadro depressivo. Mesmo assim, ele me libera para as mesmas funções anteriores. Eu tenho diferença de uma perna para outra e tenho dificuldades para andar. Além disso, tomo remédios controlados para epilepsia. Como vou ficar em pé por 12 horas fazendo vigilância?”, questionou.

Dionízio passou por duas cirurgias. A primeira, após dez meses utilizando um aparelho ortopédico, mas a perna não calcificou. A segunda foi em fevereiro de 2014, quando ele retirou um pedaço do osso da bacia e colocou na perna. Atualmente, ele tem dez parafusos e os dedos do pé esquerdo não se mexem. “Vou entrar com novo recurso. Hoje, não tenho capacidade de exercer a função que eu tinha. Na primeira sentença, o juiz determinou que o INSS me arrumasse um emprego e ele não fez. Se eu pudesse escolher, não estaria nessa situação”, afirmou.

Em nota, a assessoria de imprensa do INSS esclareceu que, de acordo com sentença judicial emitida pelo 2° Juizado Especial Federal de São Gonçalo, Dionízio não possui limitação funcional para o exercício de atividade laborativa, conforme laudo pericial elaborado pelo perito médico nomeado pela juíza federal Juliana Couto Villela Pedras. Portanto, ressalta-se que esta autarquia observou de maneira integral a decisão judicial em questão. O segurado teve sua avaliação por médico perito designado pelo juiz, ou seja, sem qualquer intervenção do INSS e não foi constatada incapacidade para o trabalho, conforme documentos.

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