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Lei Maria da Penha completa 11 anos e taxa de violência diminui em São Gonçalo

Mulheres têm dois motivos para comemorar

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de agosto de 2017 - 09:48
Cristiane Neves disse que a lei precisa avançar ainda mais
Cristiane Neves disse que a lei precisa avançar ainda mais -

No dia em que a Lei Maria da Penha completou 11 anos, as mulheres de São Gonçalo têm outro motivo para comemorar. Pela primeira vez, os índices de violência contra a mulher diminuíram consideravelmente, de acordo com o Dossiê Mulher, do Instituto de Segurança Pública. O relatório que traz informações de violência contra mulher no Estado do Rio, referente ao ano de 2016, foi divulgado, na manhã de ontem, e mostrou que casos graves como estupro, ameaça e violência psicológica tiveram uma queda de 23,70%.

Se em 2015, os casos de estupro chegaram a 207; em 2016, foram 199, uma queda de 3,89%. As ameaças passaram de 2.727 para 2.433, uma queda de 10,78% e Violência Moral/Psicológica, de 2.780 para 1.728, uma redução de 37,84%. Os crimes que tiveram aumento foram tentativa de homicídio, que em 2015 contabilizou 29 casos e, em 2016, foram 30; assédio sexual, que passou de 7 para 10 casos e violência patrimonial, que teve um aumento de 17,73%, passando de 299 em 2015 para 352 em 2016.

“Hoje, nós mulheres, podemos falar que temos uma lei que garante e protege os nossos direitos. Avançou bastante com a capitulação do feminicídio. Mas ainda temos que lutar muito para que isso se torne mais acessível e mais discutido. No caso de violência, as mulheres necessitam que seus processos sejam acelerados”, explicou a psicóloga e supervisora da ONG Movimento de Mulheres de São Gonçalo (MMSG), Cristiane Neves Pereira.

MMSG – Os projetos do MMSG, que estavam ameaçados por conta da crise financeira, começam a ganhar novo fôlego com a renovação do contrato com a Prefeitura de São Gonçalo. No próximo ano, por conta de seu trabalho de referência no Estado, a instituição pode ser uma das contempladas pelo Criança Esperança. “Nós atendemos qualquer pessoa que chega à instituição. Aqui, elas recebem orientação e são encaminhadas para outros serviços, caso necessário. Hoje, essa é a única unidade em funcionamento. As demais casas de Niterói, São Gonçalo e Araruama foram fechadas”, explicou.

 (Marcela Freitas)

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