Pesquisadores da USP buscam produto para substituir o álcool em gel

Pesquisadores da USP traduziram um documento da Organização Mundial de Saúde (OMS) para fazer um produto para substituir o álcool em gel 70 que está em falta em diversos estabelecimentos do país. A receita é para empresas fazerem um gel antisséptico sem carbopol, produto base do álcool em gel comum. As informações são do Estadão Conteúdo.

A receita mantém, no entanto, dois elementos básicos para fazer o sócio em gel: o etanol e o álcool isopropílico. No entanto, a medida pode trazer problemas. "O etanol 96%, que está na fórmula da OMS, não é vendido abertamente. Com aumento da demanda, o preço pode aumentar", afirmou o doutor em Saúde Pública e professor de Química da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, Rogério Aparecido Machado.

"Com o coronavírus, a Anvisa se tornou mais flexível na produção do álcool gel, permitindo que farmácia de manipulação e estabelecimentos fabricantes de produtos cosméticos também façam álcool gel”, afirmou Wagner Contrera, gerente de fiscalização do Conselho Regional de Química da Quarta Seção.

A medida, no entanto, é importante para ajudar que pessoas possam substituir o álcool em gel e fazerem sua higienização para evitar que o coronavírus se espalhe. "É um sanitizante mais líquido e também mais barato, com o melhor custo-benefício possível", afirma o pesquisador Filipe Canto Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP).

O documento que a USP traduziu da OMS não é atual. Ele foi criado há 10 anos para auxiliar países pobres, como alguns da África.