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Após surtar e matar a mãe em SG, jovem ainda não acredita no que fez

Crime aconteceu em julho

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de novembro de 2020 - 10:39
Paulo Henrique da Silva Faria, de 23 anos, ainda não consegue acreditar no que fez
Paulo Henrique da Silva Faria, de 23 anos, ainda não consegue acreditar no que fez -

Renata Sena 

Quase quatro meses após sofrer um surto psicótico e matar a própria mãe, com cortes no peito e na barriga, Paulo Henrique da Silva Faria, de 23 anos, ainda não consegue acreditar no que fez. Preso numa unidade prisional comum, a família conta que o jovem ainda não tem data para ser transferido para um presídio psiquiátrico, mesmo tendo um laudo médico apontando a doença mental. 

Paulo Henrique matou a mãe, Paula Valéria da Silva Faria, de 40 anos, depois de comer folhas da bíblia e dizer que ia curá-la de um câncer em seu peito. O jovem repetiu esse comportamento por duas semanas e a família chegou a buscar ajuda médica, por algumas vezes. Porém, não conseguiram internar o rapaz. 

No  início da manhã do dia 27 de julho, na comunidade do Pombal, no Porto Novo, em São Gonçalo, o jovem matou a mãe. Ele cortou o peito e a barriga da cuidadora de idosos e, quando a tia chegou na cena do crime, ele disse que tinha curado a mãe de um câncer. 

 Ele cortou o peito e a barriga da cuidadora de idosos
Ele cortou o peito e a barriga da cuidadora de idosos |  Foto: Arquivo/OSG
 

Mesmo totalmente fora de si, o jovem foi linchado por moradores da região. Ele ficou um mês internado em estado gravíssimo e após a recuperação, foi transferido para uma unidade prisional.

"Após todo esse tempo a família só conseguiu visitar ele há uma semana. Ele ainda não fala coisas com nexo e ainda não acredita na morte da mãe. Não entende como aconteceu", contou um familiar do jovem. 

Jovem foi linchado por moradores da região
Jovem foi linchado por moradores da região |  Foto: Leonardo Ferraz / Arquivo/OSG
 

A família ainda destaca que entendem a importância dele pagar pelo ato, mas esperam que a lei seja cumprida e que ele tenha o direito de pagar sendo tratado. "Ele tem que ficar preso num presídio psiquiátrico. Sendo tratado e medicado, com acompanhamento médico", declarou a familiar do acusado, que responde por homicídio.  

O Ministério Público respondeu, através de nota, que "O resultado do exame de sanidade já consta da instrução neste processo. De acordo com as últimas movimentações, o juízo encaminhou o processo para manifestações da defesa e, inclusive ontem, dia 16/11, ao Ministério Público. Após, retornarem conclusas as manifestações, segue para deliberação do juízo".

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