Jovem de 18 anos foi morta em boate que já foi investigada por exploração sexual

A Boate 488, onde uma jovem de 18 anos morreu após ser baleada na cabeça, já foi alvo de uma denúncia do Ministério Público. Segundo o órgão, o local, que fica na Rua Coronel Rocha Sobrinho, em Alcântara, pertencia a um policial civil que usava o local para rufianismo (exploração da prostituição) e formação de quadrilha. A denúncia do caso foi feita também com o intermédio de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em conjunto com a 2ª Central de Inquéritos. Os acusados porém, foram absolvidos.

Além do policial, haviam mais cinco homens que seriam os sócios do local e também estariam envolvidos nos crimes em questão. Estes foram detidos em dezembro de 2010, acusados de crimes contra os costumes e a dignidade sexual e contra a ordem tributária, corrupção ativa e falsidade ideológica. No esquema, segundo o MP, os acusados ganhavam dinheiro sobre a exploração sexual de jovens no local. Ainda haveria um esquema de pagamento de propina em troca da omissão das autoridades policiais sobre o local.

Segundo informações, os envolvidos teriam sido absolvidos das acusações da 2ª Vara Criminal de São Gonçalo em abril de 2011. Em 2012, foi expedido alvará de soltura para todos os envolvidos. Um dos acusados, inclusive, já faleceu.

O caso 

Um jovem de 18 anos teria sido morta a tiros na boate em questão. Ela teria sido baleada em uma confusão que ocorreu na madrugada desta sexta-feira (23), quando um homem armado tentou entrar na boate sem pagar. Este discutiu com o segurança e sacou a arma, realizando os disparos. A jovem foi baleada na cabeça.

Ela chegou a ser encaminhada para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), localizado no Colubandê, mas não resistiu e veio à óbito na manhã desta sexta-feira (23).