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Polícia conclui inquérito que apura morte de irmão do deputado Marcelo Freixo

Fábio Montibelo, um dos acusados, disse que vai apresentar provas que o inocentaram em investigações anteriores sobre o caso

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de agosto de 2020 - 21:45
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A 10ª Delegacia de Acervo Cartorário (DEAC) concluiu, nesta quinta-feira (13) o inquérito que apura a morte de Renato Ribeiro Freixo, irmão do deputado federal Marcelo Freixo e a tentativa de homicídio da companheira dele, em Piratininga, Niterói, região metropolitana do Rio. Foram indiciados  os PMs, Marcelo dos Reis Freitas,  Alexandre Ramos, o Bacalhau, além do policial militar reformado e presidente licenciado da escola de samba Porto da Pedra, Fábio Montibelo, que negou participação no crime e informou que está à disposição da Justiça para provar a sua inocência no caso. O crime que ocorreu em junho de 2006.

Com a conclusão do Inquérito pela 10ªDEAC,caberá agora ao Ministério Público (MP) do Estado do Rio analisar o trabalho realizado pela polícia e decidir, ou não, pelo envio do caso à justiça. Em caso positivo, caberá a juiz criminal, em  primeira instância, criar um processo, que tem várias fases, até que se chegue ao julgamento.  Existe ainda a possibilidade de o MP remeter novamente o inquérito para a fase policial, caso ache necessária a realização de algum trabalho complementar.

Todos os acusados trabalhavam, na época, em serviços de segurança no condomínio onde a vítima havia se elegido como síndico. O crime teria sido motivado por Renato ter demitido os policias do posto de segurança da área residencial, por eles não serem legalizados para exercer a função. A Polícia informou que durante as investigações, foram ouvidas dezenas de testemunhas, realizadas inúmeras buscas e apreensões, além de quebras de sigilo que ajudaram a chegar aos acusados.  Os autores da investigação apontam, no inquérito, que os álibis deles eram frágeis e que os mandantes tinham motivação.

Único dos acusados a ser localizado, Fábio Montibelo disse que em fases anteriores, sempre se colocou à disposição da Justiça, apresentando provas sobre sua inocência no caso. "Eu trabalhei nessa segurança por oito anos, quando esse Renato entrou como síndico ele se reuniu com a segurança e disse que colocaria outra empresa. Ele mandou todo mundo embora e nós colocamos ele na Justiça. Dois anos depois ele foi assassinado. Eu fui chamado diversas vezes na época, já vinham me perseguindo há anos. Mas nunca provaram nada contra mim", afirmou. os outros acusados não foram localizados para falar sobre o caso.

"Infelizmente a polícia não tem aonde chegar e veio até mim. Matar o cara por causa disso? Eu trabalhei em muitos lugares, pode perguntar por onde eu trabalhei, até lá no condomínio onde isso aconteceu. Eu vou recorrer dessa covardia que estão fazendo comigo", defendeu-se. os advogados de Montibelo, que se licenciou do comando da Porto da Pedra em março para tentar concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores de São Gonçalo nas próximas eleições municipais.  Em um vídeo, o deputado federal Marcelo Freixo reclamou da demora na conclusão do caso e cobrou Justiça.

Relembre o caso

Renato Ribeiro Freixo foi morto aos 34 anos, na madrugada do dia 25 de julho de 2006, com cinco tiros, quando chegava em sua casa, no bairro de Piratininga, Região Oceânica de Niterói, ao lado da esposa Valéria Motta Ramos. Na ocasião, Renato foi surpreendido por dois homens em uma moto e foi alvejado quando descia de seu carro para abrir o portão da garagem. Sua mulher também foi atingida com dois tiros ao tentar proteger Renato, mas ela sobreviveu.Na época, Renato era assessor da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói e havia acabado de se reeleger como síndico do condomínio onde morava. Uma das medidas tomadas assim que se reelegeu foi substituir a segurança do lugar, que era feita informalmente por policiais militares que atuavam em um empresa especializada.A pedido da família, seu irmão Marcelo Freixo, então pesquisador da ONG Justiça Global, não fez alarde com o crime e não falava sobre o assunto. 

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