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Mãe conversou com o filho, soldado do Exército, momentos antes dele ser morto em SG; veja o diálogo

Último dialogo entre os dois foi feito pouco antes do crime

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de julho de 2020 - 21:04
Imagem ilustrativa da imagem Mãe conversou com o filho, soldado do Exército, momentos antes dele ser morto em SG; veja o diálogo

Por Alan Emiliano

"Por favor, não deixem o meu filho ser esquecido". O pedido é da auxiliar administrativa Fabiana Mello, mãe de Victor Hugo Xavier, de 19 anos, soldado do Exército, lotado no 21º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) de Jurujuba, em Niterói, e que teria sido executado e depois carbonizado no interior de um veículo junto de outro amigo, também soldado do Exército, na madrugada da última segunda-feira (13), no Pacheco, em São Gonçalo. 

A mãe de Victor Hugo, que estava fazendo o curso para ser promovido a cabo do Exército, contou que o último contato que teve com o filho aconteceu naquela madrugada, pouco antes dele ser morto, através de mensagens de Whatsapp. No diálogo, Fabiana pedia informações sobre onde o filho estava e Victor Hugo relatava, à 0h16, que estava a caminho de casa. 

Em outra mensagem enviada por whatsapp, erca de quatro horas antes, o jovem informou à mãe que estava com um amigo em uma boate no Mutondo, após ter assistido à primeira partida da final do Campeonato Carioca, disputada entre Fluminense e Flamengo. 

"Meu filho era muito querido por todos. Ele era amoroso, companheiro, amigo, vai deixar tanta saudade. Eu imploro para que não deixem o meu filho ser esquecido. Meu filho foi criado pra ser um homem de bem. Era educado, inteligente. Não precisavam matar ele ainda mais dessa forma. O que eu sei foi que ele foi deixar uma menina no Coelho após ter saído do Mutondo, quero saber o que houve com o meu filho. Queremos justiça!", suplica a mãe do jovem militar.

De acordo com a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), o segundo corpo encontrado queimado dentro do carro já foi identificado como sendo do soldado Daniel Ferreira de Azevedo, de 19 anos, que era lotado na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói. Familiares dele foram procurados pela equipe de reportagem de O SÃO GONÇALO, mas preferiram não se pronunciar. 

Ainda segundo a DHNISG, imagens de câmeras de seguranças de estabelecimentos em que os jovens estiveram no último domingo (12) serão analisadas com o intuito de esclarecer o ocorrido. Não está descartada a participação de traficantes da região na morte dos dois militares. O local em que as vítimas foram encontradas passa por momentos de conflito, já que criminosos de facções rivais disputam o controle do tráfico de drogas de localidades daquela região. 

Recordando - Os dois corpos foram encontrados carbonizados dentro de um carro incendiado na Rua Francisco José da Silva, no Pacheco, em São Gonçalo, na manhã da última segunda-feira (13).  Segundo moradores da região, o carro teria sido deixado no local por volta das 3h da madrugada. Um corpo se encontrava no porta-malas, já o outro no banco traseiro. O carro, um Corsa branco, pertencia ao pai de uma das vítimas.

O caso, que está em andamento, está sob investigação da Delegacia de Homicídios de São Gonçalo, Niterói e Itaboraí (DHNISG), que realizou a perícia no local.

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