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Estojos de fuzil usados em operação que resultou na morte de João Pedro serão entregues à Polícia Federal

Fragmento do projétil encontrado no corpo do jovem também será enviado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de julho de 2020 - 15:55
João Pedro foi morto no dia 18 de maio deste ano
João Pedro foi morto no dia 18 de maio deste ano -

Os oito estojos de fuzil calibre 5.56 encontrados no quintal da casa de João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, que morreu durante uma operação da Polícia Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, serão encaminhados pelo Ministério Público do Rio para a Polícia Federal (PF). O material será comparado com estojos de três fuzis que estavam com os policiais civis que participaram da operação em que o jovem foi baleado. 

Será também mandado para a PF um fragmento do projétil encontrado no corpo de João Pedro, segundo o G1.

João Pedro foi morto no dia 18 de maio deste ano. Após ser baleado, o menino foi transportado pelo helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, até o heliponto da Lagoa, na Zona Sul do Rio, sem que a família soubesse. Os parentes do jovem procuraram o menino por 17 horas até que receberam a notícia de sua morte. 

Os policiais que participaram na operação são investigados pelo homicídio de João Pedro e deram duas versões diferentes sobre o ocorrido. Sobre os tiros disparados da aeronave, os policiais primeiro omitiram a informação. Uma semana depois, os três agentes investigados disseram que atiraram 29 vezes em direção à comunidade do Salgueiro. 

Os agentes disseram que os disparos foram feitos do helicóptero após a equipe ter sido atacada por criminosos quando chegaram ao Salgueiro. Quem afirmou ter atirado mais vezes da aeronave foi o inspetor Mauro José Gonçalves, que apertou o gatilho 15 vezes antes do pouso.

Gonçalves mudou também a versão de seu depoimento sobre a arma usada dentro da casa do jovem. O agente alegou no primeiro depoimento que só usou, no dia do crime, um fuzil de calibre 762. No segundo depoimento, feito uma semana depois, o agente afirmou que portou dois fuzis durante a operação: o de calibre 762, segundo a nova versão, foi usado no helicóptero; após o pouso, o agente disse ter usado um fuzil M16 de calibre 556, mais leve, que levava como "reserva".

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