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Tiro que matou João Pedro foi feito por arma de calibre igual a de um dos policiais no Complexo do Salgueiro

Jovem foi morto durante operação conjunta entre as polícias Civil e Federal

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de maio de 2020 - 21:19
Jovem foi morto na última segunda-feira (18) em Itaoca
Jovem foi morto na última segunda-feira (18) em Itaoca -

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na tarde desta quinta-feira (21), que o tiro que matou o jovem João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, durante operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), na última segunda-feira (18), foi feito por uma arma de calibre 556, mesmo utilizado por um dos policiais envolvidos na ação que terminou com a morte do jovem no bairro Itaoca, em São Gonçalo.  

O delegado da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), Allan Duarte, disse, na tarde desta quinta-feira (21), que o laudo apontou que o tiro entrou pela barriga, perfurou o pulmão do garoto e ficou alojada no osso no alto das costas, perto do ombro. Nos próximos dias, serão realizados confrontos balísticos com as armas dos policiais envolvidos na ação - dois fuzis calibre 7.62 e um 5.56 - o que pode dizer se o disparo que matou o jovem foi feito por um dos policiais. 

O comandante da aeronave, que realizou o socorro do jovem para a base do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros (GOA/CBMERJ) na Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, prestou depoimento nesta quinta-feira (21) e afirmou que o adolescente não foi levado para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), pois a unidade não tinha suporte para receber o helicóptero. 

De acordo com o copiloto, diversos procedimentos tiveram que ser analisados na decisão do local para onde o jovem seria levado e que o fato de levar-lo para a Lagoa foi uma "decisão de momento". A Polícia ainda não sabe informar se o heliponto da unidade estadual de saúde tinha estrutura suficiente para receber a aeronave. 

Um fator que ainda não foi respondido pela polícia foi a ausência dos familiares durante o socorro e a falta de informações que culminou em mais de 16 horas de angústia, que acabaram no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, onde a família encontrou o corpo do adolescente, na manhã desta terça-feira (19). 

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