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Pesquisa revela a presença de célula neonazista em Niterói

Grupo teria começado a se formar em 2013

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de dezembro de 2019 - 11:45
Grupo usa fóruns da internet e da deep web para conseguir novos membros
Grupo usa fóruns da internet e da deep web para conseguir novos membros -

De acordo com uma pesquisa da doutora Adriana Dias, antropóloga social da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi identificada uma célula do grupo Ku Klux Klan, em Niterói, composta por pelo menos 14 membros. A Ku Klux Klan - popularmente conhecida como KKK - é um grupo supremacista racial que surgiu nos Estados Unidos em 1860 que prega a supremacia branca.



Segundo reportagem do Jornal Extra, a antropóloga investigou 334 grupos ativos com raízes nazistas no Brasil e, segundo Adriana, o grupo, que se formou há seis anos, usa fóruns da internet e da deep web para se fortalecer e conseguir novos membros. Os números completos da investigação serão apresentados em livro ainda sem data de publicação.



Ainda  de acordo com a pesquisa, a formação do grupo em Niterói começou em 2013, no mesmo período em que cinco homens com tatuagens com símbolos nazistas agrediram um homem com um taco de beisebol na Praça Arariboia, no Centro da cidade.



Adriana afirma que os extremistas ainda eram poucos nesse período, e dois ou três se mobilizaram no período anterior à Copa do Mundo e a Olimpíada, em preparação para o que chamavam de ameaça.




Do grupo preso em 2013 na Praça Araiboia, nenhum deles mora mais em Niterói, segundo a Justiça. Todos eles responderam por  crimes de intolerância de cor, raça, etnia, religião e origem; e fabricação, comercialização ou veiculação de símbolos, ornamentos, distintivos ou propaganda que usam a cruz suástica ou a gamada para divulgação do nazismo. Embora todos tenham sido condenados a três anos e dez dias de prisão, eles cumprem pena em liberdade após pagamento de multa.




Adriana Dias se dedica há 16 anos a estudar discurso neonazista e a supremacista branca nas redes. Até o momento, a doutora identificou pelo menos 17 movimentos no país, entre eles três  três seções da Ku Klux Klan, sendo uma em Niterói e outra em Blumenau (SC).

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