Justiça decide data de julgamento de ex-PM que torturou mulher em Caxias
Além de torturar, ele manteve a vítima em cárcere privado por três semanas
A Justiça do Rio marcou a data para o julgamento do ex-policial militar Daniel Deglmann, de 43 anos, que foi acusado de de dopar, torturar e manter em cárcere privado a ex-companheira, de 23. Segundo informações, o crime durou três semanas e ocorreu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O homem foi preso e está desde 24 de setembro na Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói.
O julgamento acontecerá no dia 5 de novembro no Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, da Comarca de Caxias. O advogado Eduardo Domingos, que defende o acusado, diz que ele nega que cometeu esses crimes, mas Eduardo não conseguiu explicar as marcas de espancamento presentes no corpo da vítima. O advogado ainda completa dizendo que as acusações da ex de Daniel são falsas.
Domingos afirmou: “Vamos apresentar a defesa dele em juízo.” Além disso, ele disse também que vai entrar com um novo pedido de liberdade para Daniel.
O ex-policial está sendo acusado pelo Ministério Público do Estado de tortura, sequestro, cárcere privado e violência doméstica contra a mulher. Ele pode pegar até 20 anos de prisão, se for condenado.
Já no lado da ex-companheira de Daniel, a assistente da acusação será a Defensoria Pública do Estado.
Daniel também está passando por um processo na Corregedoria Interna da PM. De acordo com fontes da corporação, o comandante do 16º BPM entregou ao corregedor da PM documentos que falam sobre a conduta de Deglmann.
No começo do mês passado, a Justiça negou um pedido de habeas corpus para Daniel. Segundo informações da Polícia Civil, esta não é a primeira vez que o ex-PM é denunciado por agressão. Em 2009, ele foi acusado de cometer este mesmo crime contra uma outra ex-namorada.
No julgamento, será a primeira vez que a Daniel e sua ex se encontrarão. O processo corre em segredo de justiça.