Líder de milícia em São Gonçalo, Sassa teria ordenado chacina no Porto Velho

Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) já descobriram que a ordem para matar o alvo da chacina no Porto Velho, em São Gonçalo, em maio deste ano, veio de dentro de um presídio estadual, através de Anderson Cabral Pereira, o Sassa. O criminoso, mesmo preso na Cadeia Pública Bandeira Stampa, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, controla o grupo paramilitar dos bairros Porto Velho, Porto Novo e Pontal, em São Gonçalo. Segundo a investigação, o alvo da chacina teria sido uma das pessoas que foram feridas na ação, que deixou quatro pessoas mortas e sete baleados.

De acordo com a polícia, existe a possibilidade do criminoso ser transferido para um presídio federal, devido ao fato de já ter sido pego diversas vezes em escutas telefônicas de dentro do presídio, dando ordens aos seus subordinados. Uma dessas ordens teria sido a da chacina no Porto Velho, que terminou com quatro mortos e sete pessoas baleadas, no dia 26 de maio deste ano.

De acordo com testemunhas, as vítimas estavam participando de uma confraternização semanal que era realizada aos domingos, quando criminosos armados chegaram e fizeram diversos disparos contra os clientes de um estabelecimento comercial.

A Divisão de Homicídios segue buscando imagens e testemunhas que possam levar a identificação e prisão dos executores, além da motivação da tentativa de homicídio contra o alvo da chacina, que seria o responsável pela administração das finanças da milícia local.

Relembre o caso - Quatro pessoas foram mortas e sete baleadas por ocupantes de um Hyundai HB20 preto, no dia 26 de maio, que atiraram contra um grupo de amigos que estava no 'Bar do Jacaré', na Comunidade do Campo da Brahma, no Porto Velho, em São Gonçalo, assistindo a um jogo de futebol na TV.

As vítimas da chacina tinham idades entre 41 e 60 anos, e, moravam no bairro há mais de 30 anos. Nenhum dos mortos possuía anotações criminais ou tinham indícios de envolvimento com  crimes.

Na chacina, morreram Fábio Rosa de Souza; Waldir Pinto de Oliveira Sobrinho, compositor da escola de samba Porto da Pedra; José Luis Caetano, o Pepe, professor de espanhol; e Janete Ribeiro.

Operação contra as milícias de São Gonçalo e Maricá - Em setembro do ano passado, agentes da Polícia Civil e do Ministério Público prenderam 18 suspeitos de integrar milícias em São Gonçalo e Maricá. Um dos grupos atingidos pela ação da polícia foi o de Sassa, que, durante escutas telefônicas, foi pego dando ordens para uma mulher, que seria uma espécie de porta-voz dele na região controlada pelo seu grupo paramilitar. Os três grupos investigados pela operação são investigados por mais de 50 crimes nos dois municípios, além de controlarem o transporte por van, pontos de televisão clandestina e a venda de botijões de gás de cozinha.